Invenção de docente do curso de Engenharia Elétrica é o primeiro pedido de patente da Universidade

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Uma placa eletrônica que, utilizando técnicas de inteligência computacional, aumenta a eficiência de motores elétricos é o primeiro pedido de patente da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

A invenção é fruto da tese de doutorado do professor Geraldo Maranhão, com a colaboração dos acadêmicos Salatiel Guimarães Júnior e Andreza Costa e do docente Alaan Ubaiara, todos do curso de Engenharia Elétrica.

A solicitação foi publicada no dia 4 de outubro na Revista de Propriedade Industrial do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (RPI/Inpi). Saiba mais sobre patentes O nome do produto é “dispositivo para programação de controladores para uso de conversores de frequência” e contou com a colaboração da Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica da Amazônia Oriental (Rede Namor), iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI).

O pedido de patente foi realizado no dia 21 de setembro e a invenção já rendeu publicação de dois artigos acadêmicos para as revistas científicas internacionais “Sensors Journal”, publicada pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) , e “Sensors”, do Multidisciplinary Digital Publishing Institute.

Como funciona A placa é conectada ao controlador de um equipamento eletrônico chamado inversor de frequência, que tem como funcionalidade principal variar a velocidade de um motor trifásico.

O controlador promove a aceleração e desaceleração de motores elétricos.

“A placa é um circuito eletrônico programável na qual pode-se programar técnicas de inteligência computacional que, por sua vez, acionam motores elétricos.

O diferencial desse dispositivo em relação aos já existentes é que ele é flexível, podendo ser programado por várias técnicas inteligentes e pelo usuário que saiba programá-lo, diferentemente dos equipamentos tradicionais que já vêm com uma programação pré-definida pelo fabricante”, explica Geraldo Maranhão.

Como funciona um inversor de frequência Segundo Geraldo, o dispositivo inventado foi testado durante sete meses em um simulador de poço, que tinha um sistema de bombeamento de água alimentado por um gerador fotovoltaico (solar).

Ao longo deste período, foi verificado que a placa trazia mais eficiência ao sistema de bombeamento.

“Com a instalação da placa no controlador, averigou-se que foram bombeadas de mil a dois mil litros de água a mais”, constatou.

O docente solicitou o pedido de patente para três variações da placa, cujo termo técnico é “dispositivo programável de controlador (DPC)”: a primeira já descrita nesta matéria; um DPC com tecnologia Dual Core, que melhora o processamento da placa; e um terceiro DPC com datalogger, equipamento que coleta e armazena dados em um cartão de memória.

Conhecimento protegido Daniel Chaves, diretor do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nitt) da Unifap, comemorou o primeiro pedido de patente e ressaltou que ele significa que a Instituição se preocupa em proteger o conhecimento produzido dentro da Universidade.

“Em termos práticos, o processo é longo, podendo demorar anos para que a patente seja concedida.

Contudo, de imediato, [o pedido de patente] significa que o que é produzido na Unifap é reconhecido, registrado e patrimoniado para a Instituição, abrindo possibilidades de melhoria do nosso desempenho diante de avaliações e, por conseguinte, ampliando a possibilidade de captação de recursos para novos investimentos em novos pedidos de patente.

A nossa comunidade acadêmica e todo o Amapá tem motivos para terem ainda mais orgulho da Unifap, das suas pesquisas e de seus pesquisadores.

É mais uma fronteira que a Unifap cruza”, avalia Daniel.

Confira os artigos acadêmicos sobre a invenção aqui e aqui.

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