Projeto de extensão dialoga com estudantes sobre os perigos do álcool e outras drogas

Projeto de extensão dialoga com estudantes sobre os perigos do álcool e outras drogas

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Última ação foi no dia 18 de outubro, na Escola Municipal Maria Luiza Belo, em Macapá (AP). Projeto existe desde 2014 e já esteve em dez escolas entre os municípios de Santana (AP) e da capital amapaense.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63% de estudantes brasileiros entre 13 a 17 anos já haviam experimentado bebida alcoólica pelo menos vez na vida; na região Norte, esse percentual é de 54,9%. Em relação às drogas ilícitas, os resultados mostram que 13% dos escolares nessa faixa etária já haviam usado alguma droga ilícita em algum momento da vida, sendo que no estado do Amapá esse percentual foi de 11,8%. Apesar dos dados serem anteriores à pandemia de covid-19, especialistas alertam que o cenário pode ter piorado ainda mais na crise sanitária.

Com o objetivo de avaliar o uso problemático de álcool e outras drogas por escolares no período de pandemia e sensibilizar a sociedade amapaense quanto aos danos causados à saúde mental por essas substâncias, o projeto de extensão do curso de Enfermagem, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), “Saúde mental: conversando com escolares sobre uso excessivo de álcool e outras drogas” tem realizado encontros e palestras nas escolas amapaenses para levar orientação especializada sobre o assunto a estudantes do estado.

Sob coordenação do docente do curso de Enfermagem, Prof. Dr. José Luís da Cunha Pena, o projeto surgiu em 2014 com o Grupo de Pesquisa Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria, a partir de observações da alta demanda no Centro de Atenção Psicossocial Para Álcool e Outras Drogas (Caps AD), localizado no bairro Santa Rita, em Macapá (AP). Atualmente, a equipe do projeto é formada por dois docentes, seis técnicos e dez acadêmicos. A última ação do projeto foi na Escola Municipal de Ensino Fundamental “Maria Luiza Bello da Silva”, em Macapá (AP), no dia 18 de outubro.

“Desde o início do projeto, já estivemos em dez escolas dos municípios de Macapá e Santana. Nesta etapa do projeto, que ocorrerá até setembro de 2024, a previsão é chegar a mais cinco escolas e chegaremos no município de Mazagão”, afirma o Prof. Dr. José Luís Pena.

Segundo o coordenador do projeto de extensão, os resultados já alcançados nas edições anteriores foram a realização do perfil de escolares com uso problemático de álcool e outras drogas, no intuito de colaborar com as políticas públicas voltadas à temática. Nesta nova fase, o projeto pretende contribuir com a realidade pós-pandemia da saúde mental de escolares.

“De modo geral, toda população mundial foi afetada pela pandemia, sobretudo os serviços de saúde. O impacto da pandemia dentro do contexto de saúde mental foi enorme, levando ao aumento do adoecimento mental em decorrência de determinantes sociais como o distanciamento social, isolamento, lutas e aumento do desemprego por todo o país, entre outros. Diante desta realidade, destaca-se o intuito da atenção promocional à saúde mental de escolares, principalmente quanto ao não uso problemático de álcool e outras drogas, oferecendo à comunidade um dispositivo para o processo de ensino e aprendizagem com discussão sobre qualidade em saúde mental e que se torne um espaço de referência e de garantia dos direitos e promoção à cidadania”, afirma o Prof. Dr. José Luís Pena.

Pesquisa
A atividade de extensão é vinculada a uma pesquisa que levantará dados sociodemográficos dos escolares participantes do projeto com o intuito de traçar um perfil dos mesmos e avaliar o uso problemático dessas substâncias. A metodologia empregada será o desenho descritivo com uma abordagem quantitativa. A coleta de dados será realizada com a aplicação do Questionário ASSIST (Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test).

[O ASSIST] é um questionário de triagem, desenvolvido para detectar o uso problemático e dependência de álcool, tabaco, maconha, cocaína, anfetaminas, solventes, hipnóticos/ sedativos, alucinógenos, opiáceos e outras substâncias. As perguntas do ASSIST quantificam intensidade, uso e frequência dos problemas associados ao uso pelo indivíduo. Uma vez respondido o questionário, a pontuação alcançada indica o grau de envolvimento com as substâncias. Indivíduos que pontuem até 10 para álcool ou até 3 para outras drogas são considerados usuários ocasionais de baixo risco. Se a pontuação estiver entre 11 e 26 para o álcool, entre 4 e 18 para tabaco ou entre 4 e 26 para outras drogas o indivíduo é classificado na faixa de uso de risco, ou seja, ainda não é dependente, porém seu uso está propiciando o agravamento dos problemas e uma possível dependência, portanto deve receber uma intervenção breve. Indivíduos que alcançam pontuações acima de 18 para tabaco ou acima de 26 para as demais drogas são considerados como possíveis dependentes para a substância e devem ser encaminhados para tratamento especializado”, explica o Prof. Dr. José Luís Pena.

Para mais informações sobre o projeto, acesse as redes sociais do Grupo de Pesquisa em Saúde Mental e Psiquiatria da Unifap:
Instagram: @gpesmp.unifap
Facebook: https://www.facebook.com/gepsmp/?locale=pt_BR

*Com informações da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar: 2019, do IBGE.

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