Unifap qualificará técnicos-administrativos e professores em mestrado profissional em Planejamento e Políticas Públicas

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Os servidores da Universidade Federal do Amapá (Unifap) terão mais uma oportunidade de qualificação por intermédio do Mestrado Profissional em Planejamento e Políticas Públicas (MPPPP), realizado através da cooperação entre a Unifap e a Universidade Estadual do Ceará (Uece).

As inscrições para o processo seletivo de discentes foram abertas ontem (10), ofertando 28 vagas para técnicos-administrativos, dez para docentes graduados e/ou especialistas e duas vagas para servidores da Controladoria Geral da União (CGU).

Para alcançar sucesso na cooperação, foram realizadas diversas reuniões envolvendo os representantes dos servidores técnico-administrativos e a administração central da Unifap, que constituíram uma comissão, por onde todo o processo foi minuciosamente debatido e deliberado com anuência de todos os participantes.

O MPPPP, conceito 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), formará profissionais policompetentes no campo das políticas públicas.

O investimento total do mestrado profissional será de R$ 870 mil.

Desse montante, R$ 300 mil serão oriundos de emenda parlamentar do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), conseguida por meio de negociação com o Sindicato dos Técnicos-Administrativos da Unifap (Sinstaufap), e R$ 43,5 mil serão custeados pela CGU.

A Universidade arcará com o restante, R$ 526,5 mil, mais as diárias e passagens dos professores que ministrarão o curso.

A reitora da Unifap, Eliane Superti, ressalta que, mesmo em um contexto de crise, a gestão tem feito esforços, somado ao empenho dos técnicos-administrativos, de conseguir garantir a qualificação dos servidores da Instituição, tanto técnicos como docentes.

“A Unifap, para se profissionalizar e se tornar cada vez mais eficiente, precisa qualificar todas as categorias de seus servidores”, afirma Eliane.

Conquista O mestrado profissional é uma demanda antiga dos servidores da Universidade.

Desde 2015, a atual gestão da Unifap vem dialogando com os técnicos-administrativos para que a categoria tivesse a possibilidade de qualificação em nível stricto sensu.

Inicialmente o MPPPP seria ofertado apenas para técnicos-administrativos e para servidores das instituições parceiras, que ajudariam a arcar com o custo do mestrado.

Das 40 vagas, 12 seriam para servidores de dois órgãos públicos federais, contudo um deles desistiu e sobraram dez vagas.

“Não tínhamos como diminuir vagas, pois a Uece oferta o mestrado profissional com 40 vagas, é um formato fechado.

Ou era isso ou não teria mestrado, porque as outras duas instituições que participaram da licitação não preencheram todos os requisitos”, explica Elian Cruz, chefe da Divisão de Capacitação e Educação Profissional (Dcep).

O servidor José Pery, que participou de todo o processo de elaboração da cooperação e que contou também com a servidora Arlene Xavier, afirma que “era um sonho antigo da nossa categoria.

Então, procuramos a administração da Unifap, que nos apoiou, procuramos a Uece para parceria e, com a intervenção do senador Randolfe, conseguimos as emendas para realizar esse sonho.

Esse mestrado melhorará a qualificação do nosso trabalho.

É imensurável o ganho pessoal e profissional, proporcionando o surgimento de novos e modernos gestores”.

Em acordo com a comissão dos servidores, a gestão da Universidade decidiu abrir o processo seletivo do mestrado profissional para os professores da casa que possuem apenas a graduação ou pós-graduação lato sensu e ofertar as dez vagas restantes.

Para José Pery, apesar do contratempo originado de uma das instituições parceiras, “que estava conosco desde o início do processo e desistiu do compromisso, o que dificultou o arranjo orçamentário para realização do mestrado, elaboramos uma estratégia, a da inclusão de vagas para docentes, para garantir que o mestrado acontecesse”.

Elian Cruz acredita que a cessão das dez vagas aos docentes não prejudica a inserção dos técnicos no mestrado.

“Talvez abrisse mais possibilidades, mas a gente não sabe quantos técnicos, dos 500 e poucos da Universidade, estão buscando um mestrado.

Diante dessa falta de certeza de quantos técnicos vão se submeter à seleção, veio a decisão de se abrir para os professores que também precisam dessa qualificação”, afirma.

Édico Carvalho Pires, coordenador-geral do Sinstaufap, também considera que a participação dos docentes na seleção do mestrado não traz prejuízos para técnicos.

“Desde o início foi acordado que as 40 vagas do mestrado seriam divididas entre a Unifap e instituições parceiras, pois o custo da pós-graduação é alta.

Para os técnicos da Unifap, seriam as 28 vagas (.

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) Até porque ficou acordado com a gestão que, se elas não forem preenchidas pelos docentes, irão para técnicos que estejam em cadastro de reserva”, observa.

Qualificação para todos “É essencial investir na qualificação dos servidores, que são fundamentais para tornar a Instituição mais eficiente na área meio, mas também é extremamente estratégico qualificar os docentes, pois, com a titulação de mestre, eles podem se inserir no processo da pesquisa – e ter acesso aos editais de apoio aos professores pesquisadores da Instituição, por exemplo -, que irá refletir na qualidade do ensino dentro de sala de aula”, enfatiza Eliane Superti.

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Helena Simões, aponta que a Unifap possui um quantitativo grande de docentes especialistas e alguns graduados.

“A oferta das vagas para outra categoria de servidores amplia a estratégia de formação da totalidade destes, alcançado a todos, então foi a melhor decisão a ser tomada”, conclui.

Descentralização – As vagas destinadas aos professores ampliarão a qualificação de docentes em todos os campi da Unifap.

Dos 92 professores da Instituição que possuem apenas a graduação ou especialização, 32 estão nos campi de Oiapoque, Mazagão e Santana.

“O curso de mestrado para os professores do campus de Mazagão é muito importante porque temos três docentes que já concorreram aqui e em outros estados e, quando se classificaram, acabaram não cursando devido os locais do curso ficarem longe da família.

Aqui no estado mesmo, nas particulares, não é oferecido curso de mestrado ou doutorado, o que dificulta mais ainda o acesso”, avalia Emanuel Lima, diretor do campus de Mazagão.

O diretor do campus Binacional do Oiapoque, Fredson Vulcão, destaca que o mestrado é aprofundamento do que se aprende na graduação, ampliando conhecimentos e estimulando a reflexão entre teoria e prática, que são preponderantes ao docente em seu fazer pedagógico.

Mais informações e inscrições no endereço: http://www.politicasuece.com/page/21162 Texto: Assessoria Especial da Reitoria


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