Unifap criará normas internas de preservação do patrimônio histórico da Instituição

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A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) criará normas internas de preservação do patrimônio material e imaterial dos campi da Instituição.

Uma reunião ocorrida nesta segunda-feira, 22, entre a Pró-Reitoria de Administração (Proad) e os membros do projeto de pesquisa da Universidade “Memórias Urbanas” delineou as ações necessárias para o levantamento do patrimônio histórico da Instituição e sua preservação.

Para o pró-reitor de Administração, Seloniel Barroso, além do sítio arqueológico existente no campus Marco Zero do Equador, em Macapá (AP), há outros locais da Unifap que precisam ser preservados, como os cinco prédios que deram origem à Universidade.

“O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nos recomendou que criássemos uma legislação interna e vamos preservar esse patrimônio.

Hoje, se alguém quiser derrubar um prédio dentro da Universidade pode, porque não tem nada aprovado.

Então, a ideia é criar normas para preservar o patrimônio histórico e a memória dos nossos campi”, afirmou Seloniel Barroso.

Ficou acertada a criação de uma comissão que fará o levantamento do patrimônio físico da Unifap, com o apoio jurídico sobre a legislação referente ao assunto e da Prefeitura do Campus.

Será elaborada também uma minuta trazendo a normatização de preservação do patrimônio (material e imaterial) da Universidade, que será levada ao Conselho Superior (Consu) para aprovação.

Durante a reunião, os coordenadores do grupo de pesquisa “Memórias Urbanas”, Eloane Cantuária e José Vasconcelos, apresentaram as ações desenvolvidas pelo grupo, motivados pela intenção da gestão da Unifap em proteger e preservar o patrimônio físico da Instituição.

De acordo com os coordenadores, as pesquisas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa e por trabalhos anteriores já contribuem para a reflexão sobre a preservação do patrimônio histórico no Amapá e, com essa aproximação com a administração superior da Unifap, também possam colaborar dentro da Instituição.

“Já fizemos levantamento dos prédios antigos daqui da Universidade, mas a própria comunidade acadêmica e a gestão precisam reconhecer a sua própria história.

É extremamente importante nesse momento, com essa ação que é nacional [coordenação integrada do Ministério Público visando à proteção do patrimônio histórico brasileiro, por conta do incêndio do Museu Nacional], (.

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) que surta um grande efeito aqui na Unifap para a gente aprender a valorizar a história que temos e também ter o cuidado da construção dessa Universidade para o futuro”, ressalta Eloane Cantuária.

Além do sítio arqueológico existente dentro da Universidade (área onde, em 1997, foram encontrados vasilhames cerâmicos e tombados pelo Iphan), a Unifap possui cinco blocos no campus Marco Zero do Equador que deram origem à Universidade: o prédio da Prefeitura (Bloco A) do Campus, o prédio do Juizado Especial (Bloco C) e os Blocos de salas de aula B, D e E.

Além dos professores de Artes Visuais, José Vasconcelos, e do curso de Arquitetura e Urbanismo, Eloane Cantuária, que são coordenadores do “Memórias Urbanas”, e o pró-reitor de Administração da Unifap, Seloniel Barroso, participou da reunião a ex-aluna de Arquitetura Suelen Braga, membro do grupo de pesquisa.

Pela Unifap, também estiveram presentes a assessora de Comunicação, Nara Chamblay, e a cerimonialista Cleide Azevedo.

Memórias Urbanas O grupo de pesquisa “Memórias Urbanas” surgiu em 2014 a partir de pesquisas anteriores desenvolvidas pelos professores da Unifap Eloane Cantuária, do curso de Arquitetura e Urbanismo, e José Vasconcelos, de Artes Visuais, que tinham como tema o levantamento, registro e a preservação do patrimônio histórico da cidade de Macapá.

Atualmente, o grupo de pesquisa conta com seis membros, entre docentes, acadêmicos e ex-alunos da Unifap, e quatro colaboradores externos.

“Memórias Urbanas” tem o objetivo de buscar e estudar os lugares, as edificações e a memória, integrantes dos bens culturais da Amazônia.

O grupo também propõe a investigação das grandes transformações ocorridas na configuração urbana e na arquitetura regional, gerando informações sobre a evolução urbana dos lugares, das diversas tipologias arquitetônicas edificadas ao longo dos anos e identificar as ausências oriundas do crescimento urbano das cidades.

Ele tem como objetivo inicial recontar a história da capital amapaense por meio do patrimônio histórico arquitetônico da cidade, mas o trabalho desenvolvido está se expandindo, alcançando também o município de Mazagão.

Saiba mais sobre o grupo de pesquisa aqui e aqui.

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