Conhecer a realidade dos 16 municípios amapaenses visando a construir uma política de extensão universitária que contribua com o desenvolvimento socioeconômico de cada localidade.
Este é o principal objetivo do projeto Unifap Itinerante, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), que irá realizar um diagnóstico para saber quais são as demandas sociais locais nas quais a universidade pode cooperar.
Amanhã (23) e na quinta-feira (24), o projeto chega aos municípios de Itaubal e Cutias do Araguari, distantes, respectivamente, 246 e 130 quilômetros de Macapá.
De acordo com o pró-reitor de Extensão e Ações Comunitárias, prof.
Rafael Pontes Lima, o Unifap Itinerante irá aproximar a universidade dos gestores municipais, iniciativa privada e sociedade civil amapaense.
Os projetos de extensão trazem a comunidade para dentro da Unifap ou então leva a instituição até a sociedade.
O conhecimento acadêmico não deve ficar dentro dos muros da universidade, e sim servir a todos, afirma Rafael.
Segundo o coordenador do projeto, prof.
Tiago Luedy, o resultado desse diagnóstico possibilita que os municípios amapaenses possam se beneficiar de forma mais sistematizada do conhecimento produzido na Unifap.
Muitas vezes o desconhecimento sobre o que a universidade pode oferecer às comunidades faz com que se tenha uma visão de que a principal contribuição dela é ofertar um curso de graduação.
Na verdade, a Unifap pode capacitar servidores públicos, endossar ações do poder público por meio de estudos ou fornecer corpo técnico especializado para realização de projetos, realizar consultoria para gerar desenvolvimento econômico e social, entre outros, explica Tiago.
Cronograma O projeto foi lançado no dia 19 de junho, durante a programação do Fórum dos Prefeitos, da Associação dos Municípios do Amapá (Ameap).
A principal etapa do Unifap Itinerante é o levantamento de informações em cada um dos 16 municípios amapaenses com o objetivo de conhecer a realidade e necessidades locais.
As viagens serão realizadas no período de 23 de setembro a 4 de dezembro.
Durante a viagem, serão realizadas entrevistas com gestores municipais, vereadores, representantes da iniciativa privada, educadores, representantes de organizações da sociedade civil e atores relevantes na vida social e cultural dos municípios.
A intenção é buscar os mais variados pontos de vista das pessoas locais sobre a própria realidade, diz Tiago.
Além do levantamento de informações in loco, o projeto irá disponibilizar um link na página da Pró-reitoria de Extensão e Ações Comunitárias (http://www2.unifap.br/proeac/) para que as pessoas possam registrar opiniões sobre como a Unifap pode contribuir para o desenvolvimento do seu município.
Vamos discutir com eles os potenciais e as dificuldades encontradas nas diversas realidades locais e como a Unifap pode ajudar a superar os obstáculos elencados através de suas atividades universitárias, descreve o coordenador do projeto.
De 14 a 16 de outubro, o Unifap Itinerante visita os municípios de Laranjal do Jari, Vitória do Jari e Mazagão.
Ferreira Gomes, Tartarugalzinho, Pracúuba, Amapá, Calçoene e Oiapoque recebem o projeto em novembro, de 9 a 14.
De 2 a 4 de dezembro Porto Grande, Pedra Branca e Serra do Navio completam o itinerário.
Macapá e Santana serão contemplados, respectivamente, em outubro e novembro.
Em dezembro, o projeto realiza um evento que irá divulgar os resultados parciais da expedição.
Em 2016 nós lançamos um livro com todos os relatórios das viagens e um documentário sobre o estado do Amapá, enumera Tiago.
Política de extensão Um dos resultados do Unifap Itinerante é a construção de uma política de extensão universitária que leve em consideração as demandas locais.
A partir das informações levantadas no diagnóstico, a Proeac irá criar diretrizes para uma política de extensão universitária que apoie e desenvolva projetos que, de fato, contribuam com os municípios amapaenses.
Dessa maneira, não só devolvemos de forma prática para a sociedade os investimentos que a mesma faz no conhecimento acadêmico, como construímos um diálogo direto e horizontal entre a instituição e a sociedade, avalia Rafael Pontes Lima.