A materialização do objeto decorrente da primeira parceria público-privada da Universidade Federal do Amapá (Unifap) teve início na manhã de hoje, 10.
Trata-se da primeira etapa da obra de ampliação do Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas do Amapá (Cepap).
A empresa australiana de exploração mineral Beadell Resources será a responsável por ampliar o espaço que tem valor estimado de R$ 716.
294,37 mil.
O Cepap ganhará um ambiente para que possa estudar e armazenar os achados arqueológicos que, porventura, venham a ser identificados durante os trabalhos de escavação da mineradora.
Para isso, estudantes e professores estão autorizados a desenvolver estudos e pesquisas na área da empresa.
A parceria entre a Unifap e Beadell é a primeira, de três, que a Universidade pretende estabelecer neste ano.
Para a Administração, executar obras que beneficiem a comunidade acadêmica e, por conseguinte, a comunidade em geral em um período onde os recursos são escassos, torna-se uma tarefa bastante árdua.
Nesse sentido, a parceria com entes privados torna-se estratégica para ambos os lados.
Os agentes privados também compõem esse quadro social e podem contribuir com a Universidade para que esses investimentos gerem frutos, inclusive, para os mesmos.
Nessa lógica, temos que construir essas parcerias.
A universidade não desrespeita em nenhum momento os seus princípios, as lógicas pública e privada, mas somam-se esforços para que possamos avançar, avaliou a reitora, professora Eliane Superti.
A vice-reitora, professora Adelma Barros-Mendes, disse que o momento significa uma quebra de paradigma.
A construção dessas parcerias, quando bem feitas, com clareza de direitos e deveres de cada um, segundo afirmou na oportunidade, colabora para a melhoria do ambiente acadêmico sem incorrer no discurso de privatização.
Instituições de renome internacional em nosso país têm feito, historicamente, parcerias com entes privados e que têm dado certo, exemplificou a vice-reitora.
O processo na Unifap para tal, segundo Adelma Barros-Mendes, foi árduo.
Todos os cuidados necessários foram tomados para que o investimento retorne em forma de conhecimento para a sociedade.
E é sempre esse o objetivo da Universidade: trabalhar em prol dos que pagam os impostos, afirmou.
O gerente geral da Beadell, Luis Pablo Diaz, disse ter certeza de que a cooperação entre as instituições vai proporcionar a melhoria da guarda do patrimônio arqueológico, histórico e cultural do Brasil.