É com profundo pesar e indignação que a Universidade Federal do Amapá lamenta o covarde assassinato da vereadora do município do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e seu colaborador, Anderson Pedro Gomes.
A vereadora era notadamente uma combativa ativista dos direitos sociais individuais e coletivos de grupos de pessoas historicamente marginalizados.
O assassinato da vereadora ocorre justo quando as forças armadas ocupam os espaços mais desassistidos do Rio de Janeiro, numa estranha retomada da vocação autoritária do País.
O colapso do sistema político vigente acomete as pessoas de uma aceitação ilusória de ideias que pensávamos há tempos sepultadas pela história nacional recente.
A morte da vereadora não acabará com a ânsia de dias melhores e mais justos para todos.
Marielle Franco se formou pela PUC-Rio e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com foco nas UPPs.
Ela coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado do deputado Marcelo Freixo.
A ativista decidiu pela militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário.
Ela deixa uma filha de 19 anos.
Anderson deixa esposa e um filho de um ano.