Organizado pelo PAMER (Programa de Apoio a Migrantes e Refugiados) juntamente ao Mestrado Profissional em Estudo de Fronteiras, colegiado de Relações Internacionais e CEPRES (Centro de Estudos Políticos, Religião e Sociedade), Comitê pela Liberdade Religiosa no Estado do Amapá foi instalado na Universidade Federal do Amapá (Unifap), em evento ocorreu no dia 28 de junho no auditório da biblioteca e contou com diversos representantes de diversas instituições religiosas. Entre elas a Igreja Católica e seguimentos evangélicos como a Igreja Reviver e Assembléia de Deus.
O professor do curso de Relações Internacionais da Unifap e um dos organizadores do evento, Vinícius Freitas, afirma que a criação do comitê tem como desenvolver ações juntamente com entidade religiosas e entidades da sociedade civil no combate à intolerância religiosa, combate ao racismo religioso e a divulgação na defesa da liberdade religiosa.
“São ações que nós estaremos juntos com a sociedade civil e a Unifap proporciona essa contribuição do ponto de vista da pesquisa, do ensino e da extensão”, diz o professor.
Durante o evento também foi lançada uma nota de repúdio e solidariedade ao terreiro do Pai Salvino, que na última semana sofreu um ato de intolerância, praticado por outra vertente religiosa. Também foi relembrado o caso da Mãe Lília, que há cerca de dois anos foi denunciada por vizinhos, enquanto desenvolvia suas atividades de pajelança no terreiro situado no bairro buritizal.
A primeira reunião do comitê abordou a intolerância religiosa ocorrida no Brasil nos dias atuais e a necessidade de unificação de todos os segmentos para a proposição de ações. Além disso, os representantes dos segmentos religiosos puderam discorrer sobre a importância do assunto e de possíveis ações no combate da intolerância religiosa no estado.
O evento também contou com a participação do Pai Salvino, Pai Marcos, Casas de Terreiro, Comunidade Judaica do Amapá, Comunidade Espírita da União do Vegetal, Comunidade do Santo Daime, Maçonaria, Fé Bahá’í, Reiki, Comunidade Budista Soka Gakkai do Amapá, Saint German, Espiritismo, Gnose, Museu Sacaca e de Etiologia, acadêmicos de História, Ciências Sociais, Pastoral Universitária, Ministério Público, Juventude Terreiro do Amapá, Comissão de Igualdade Social (OAB), alunos do Mestrado Profissional de Ensino de História, alunos do Mestrado Acadêmico em História, representantes dos Direitos Humanos ligados ao curso de Direito e representantes do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Unifap.
Texto: Inara Lopes