Os neurocientistas destacam a importância de acompanhar os pacientes nos próximos anos.
Neurocientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) e da Queen’s University (Canadá) publicaram um artigo intitulado “Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) and the Central Nervous System” — em tradução livre: “Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2 (SARS-CoV-2) e Sistema Nervoso Central”.
O texto na revista “Trends in Neurosciences”, do grupo Cell, destaca que pacientes com a COVID-19 podem ter o cérebro afetado direta ou indiretamente e sofrer alterações neurológicas.
Sergio Ferreira e Fernanda de Felice são alguns dos pesquisadores – Imagem: Reprodução/UFRJ
Sergio Ferreira, professor titular do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ, afirma que “os estudos sobre invasão do SNC (Sistema Nervoso Central) por outros vírus, incluindo vírus do Nilo Ocidental, zika e herpes simples, podem fornecer orientações sobre as principais áreas de investigação, com o objetivo de esclarecer se e como o SARS-CoV- 2 afeta o SNC”.
A professora associada do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da UFRJ, Profa. Dra. Fernanda de Felice, explica sobre a importância de fazer o acompanhamento de pacientes com o novo coronavírus.
“Ressaltamos a importância de acompanhar os pacientes com COVID-19 nos próximos anos, pois a infecção por SARS-CoV-2 pode favorecer ou aumentar a suscetibilidade ao desenvolvimento da doença de Alzheimer e outros distúrbios neurodegenerativos ou neurológicos”, relata a docente.
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