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Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Unifap celebra 15 anos de atuação

Criado em 2010, NAI é a referência da Universidade no apoio à permanência no ensino superior de estudantes com deficiência.

A manhã desta segunda-feira, 16, foi marcada por um momento de importante simbolismo na Universidade Federal do Amapá (Unifap): o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) celebrou seus 15 anos de existência com um café inclusivo que reuniu parte da comunidade acadêmica. A comemoração destacou as iniciativas da Universidade para garantir o acesso e a permanência de pessoas com deficiência no ensino superior.

Atualmente, o NAI acompanha cerca de 160 estudantes com deficiência, oferecendo suporte psicológico, psicopedagógico e pedagógico, além do acesso a tecnologias assistivas e ambientes adaptados. O núcleo dispõe de salas equipadas e espaços planejados para atender às diferentes necessidades dos alunos, promovendo condições reais de participação na vida universitária.

O atendimento pode ser solicitado pelo estudante após a matrícula, por meio de cadastro presencial no NAI, ou via encaminhamento das coordenações de curso. “Fazemos um trabalho contínuo de sensibilização junto a professores, coordenadores e departamentos para que identifiquem e orientem os estudantes que demandam atenção especializada”, explica a coordenadora do NAI, Suelen Luz.

Após o acolhimento inicial, o estudante passa por entrevista individual para avaliação de suas necessidades específicas. A partir disso, um relatório é elaborado e enviado à coordenação de curso com sugestões de estratégias pedagógicas, recursos ou adaptações que favoreçam o processo de aprendizagem e inclusão em sala de aula.

Uma trajetória de luta e legado
O NAI foi fundado em 2010 sob a liderança da professora Marinalva Oliveira, cuja atuação foi determinante para consolidar políticas inclusivas na Unifap. Visionária e engajada, Marinalva transformou a Universidade ao enfrentar barreiras físicas, pedagógicas e atitudinais que limitavam o acesso e a permanência de pessoas com deficiência no ensino superior.

A militância de Marinalva nasceu da experiência pessoal com seu filho Gabriel, o Biel, hoje com 19 anos e com síndrome de Down (T21). A maternidade despertou nela um compromisso profundo com a causa da inclusão, que se materializou em ações concretas na academia e na sociedade.

Referência nacional em Educação Inclusiva, Marinalva combinava rigor científico com militância social. Foi idealizadora do Congresso Amapaense sobre Síndrome de Down, cofundadora da NitDown (rede de familiares de pessoas com T21 em Niterói), e atuou como consultora de políticas públicas em diversas esferas.

Durante a pandemia de Covid-19, teve papel crucial na articulação para que Niterói se tornasse a primeira cidade do Brasil a priorizar a vacinação de pessoas com deficiência.

Marinalva faleceu em 27 de outubro de 2023, mas seu legado permanece vivo. Em reconhecimento à sua trajetória, foi homenageada com a Medalha Pedro Ernesto, a maior comenda da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por iniciativa da vereadora Luciana Boiteux. Seu nome batiza o Setorial das Pessoas com Deficiência do PSOL-RJ, o Centro Acadêmico de Pedagogia da UFRJ e os Centros de Vivência da Unifap e da UFRJ, onde encerrou sua carreira como professora titular.

Marinalva não sonhou com uma sociedade mais justa somente, ela a construiu com afeto, coragem, conhecimento e ação. Sua memória inspira e seguirá inspirando gerações.

(Texto: Divulgação / Edição jornalística Assesp/Unifap)

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