Unifap termina 2016 com quase 100% do orçamento executado

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Dos R$ 8,6 milhões recebidos este ano em emendas parlamentares, apenas R$ 160,13 não foram empenhados pela Universidade Federal do Amapá (Unifap).

Em relação ao recurso próprio, relativo a investimento, sobrou R$ 390 dos R$ R$ 13,4 milhões recebidos.

A utilização quase que total dos recursos destinados à Universidade é uma realidade recente, que vem se repetindo nos últimos dois anos na Instituição.

“É uma novidade conseguir executar praticamente todo o orçamento destinado à Unifap, inclusive as emendas parlamentares.

As assessorias dos parlamentares chegaram a fazer esse elogio de que a Universidade tem conseguido executar de maneira eficiente esses recursos.

É importante ressaltar que o trabalho dos servidores vinculados à Pró-reitoria de Planejamento (Proplan), à Pró-reitoria de Administração (Proad) e à Comissão Permanente de Licitação (CPL) foi essencial para atingir esse resultado”, enfatiza Allan Jasper, pró-reitor de Planejamento.

De acordo com Jasper, os recursos de emendas parlamentares foram empregados na aquisição de material permanente (equipamentos, computadores, etc.

), material para laboratório e obras, como a construção de dois blocos de salas de aula do campus Binacional do Oiapoque, no prédio recém-inaugurado do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas e no projeto arquitetônico do prédio do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas, com previsão de início da obra para 2017.

A devolução de verbas acarretava prejuízos para a Unifap, uma vez que não havia segurança de que elas retornariam à Universidade.

Allan Jasper explica que diversos problemas administrativos com certo grau de dificuldade de resolução provocavam a remissão de recursos financeiros, mas ações foram realizadas para que houvesse uma mudança neste cenário.

“Havia muita dificuldade em vencer as licitações, mas houve uma melhora significativa e conseguimos realizar muitas delas, inclusive a do Hospital Universitário, entre várias outras que foram capazes de absorver todo o recurso que recebemos esse ano, assim como os processos da área de TI, de equipamentos, etc.

Essa execução é o reflexo do trabalho principalmente da Proad, responsável pela aquisição de materiais, e da CPL, que conseguiu realizar todas essas licitações de obras e serviços de engenharia”, explica o pró-reitor.

Buscando alternativas O ano de 2017 sinaliza incertezas para a Unifap.

Segundo Allan Jasper, o contingenciamento orçamentário que vem sendo realizado desde 2014 tende a continuar ano que vem e não há perspectivas de que a Instituição receba o volume de emendas parlamentares destinado em 2016 para a Universidade.

“Já temos sinalização de alguns parlamentares informando que não será destinado à Unifap todo esse volume de recurso que foi alocado nesse exercício.

Além disso, espera-se que a Lei Orçamentária de 2017 para a Unifap seja o que foi esse ano, com o corte de 50% para a questão do investimento.

É uma expectativa ruim, porque 50% de corte é uma redução extremamente severa, principalmente em uma Instituição como a nossa que ainda tem cursos novos e em consolidação, campi no interior que precisam de reforço na infraestrutura.

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Mas já estamos realizando diversas ações, tanto para captar novos recursos como diminuir nossas despesas, para que a gente ao menos consiga amenizar os impactos desse contingenciamento orçamentário que seguramente enfrentaremos em 2017″, ponderou Jasper.

Várias medidas têm sido adotadas pela gestão da Unifap nos últimos dois anos para enfrentar o momento de crise que assola as universidades federais.

Em 2015, a Instituição conseguiu R$ 200 mil do Ministério Público do Trabalho, que foi investido em equipamentos para os cursos; este ano, está sendo feita uma negociação com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) para receber recursos para um projeto, coordenado pelo curso de Engenharia Elétrica, de microgeração de energia por meio de painéis solares e troca de equipamentos da Unifap que são energeticamente ineficientes.

A redução dos gastos em diárias e passagens ̶ de R$ 1,8 milhão em 2014 para R$ 1,2 milhão este ano ̶ , a suspensão do celular corporativo e a busca de parcerias para que outros órgãos assumam estruturas da Unifap localizadas no interior do estado que não estejam sendo utilizadas trouxeram economia de recursos para a Instituição.

“Para além da busca de recurso, vem o outro lado que é a economia.

A Proplan está formatando um documento que iniciou pelo Projeto Esplanada Sustentável (PES), do Governo Federal, que trata da questão da sustentabilidade e uso racional de recursos naturais e que, por sua vez, vai implicar na redução dos custos, e nosso foco está direcionado como prioridade para a questão da economia de energia elétrica dentro da Unifap”, finalizou Jasper.


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