Unifap sobe três posições no ranking universitário da Folha de S. Paulo

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A Universidade Federal do Amapá (Unifap) avançou três posições no Ranking Universitário Folha (RUF), do jornal Folha de S.

Paulo, passando da 162ª posição, em 2016, para a 159ª este ano.

O Ranking Universitário Folha é uma avaliação anual do ensino superior brasileiro feita pelo jornal desde 2012 e classifica 195 universidades brasileiras, públicas e privadas, de todas as regiões do país.

O resultado deste ano foi publicado ontem (18).

Para a reitora da Unifap, Eliane Superti, o processo de incentivo à pesquisa e à qualificação dos cursos de graduação têm contribuído para a melhora da posição da Instituição no RUF.

Ela enfatiza, contudo, que a Universidade será melhor posicionada quando os dados dos últimos dois anos forem contabilizados no ranking.

“É preciso entender que o RUF é feito com dados de dois anos atrás, então não consta, por exemplo, o registro de patentes e a qualificação dos nossos cursos de graduação.

Esse processo é lento e não se reflete de maneira imediata, mas, ainda sim, a gente já acompanha que a Unifap vem em uma ascensão constante.

Nossa expectativa é que no ano que vem, quando dados mais recentes forem levados em consideração, estar entre as 100 universidades melhor qualificadas no RUF”, observa Eliane Superti.

IndicadoresO Ranking Universitário Folha avalia as universidades a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado.

A universidade avaliada recebe notas em cada um desses indicadores e a nota final é a soma das notas dos mesmos, totalizando o máximo de cem pontos.

São avaliados os 40 cursos de graduação com maior quantidade de alunos matriculados no país.

A Unifap teve 22 cursos avaliados.

A pesquisa realizada na Instituição foi o indicador que subiu quatro posições na edição do RUF este ano, passando de 128ª em 2016 para a 124ª posição.

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Unifap, Helena Simões, acredita que os editais de auxílio ao professor pesquisador e aos grupos de pesquisa da Universidade contribuíram para a melhor colocação no RUF.

“Estamos em um processo de evolução ano a ano.

Em 2015 estávamos na 147ª posição, em 2016 passamos para 128ª e agora somos 124ª do país no ranking.

Acreditamos que a cultura da pesquisa, com crescimento da produção, recebimento de prêmios nacionais e ampliação dos projetos com financiamento externo, definitivamente já é realidade em nossa Instituição e vem se consolidando.

Isso nos incentiva a continuar uma política voltada para a pesquisa e para o pesquisador da Unifap, especialmente os editais de apoio que temos divulgado nos últimos anos”, afirma Helena Simões.

No quesito Ensino, a Unifap ficou na 162ª posição.

De acordo com a reitora da Unifap, o RUF deste ano ainda não traz as melhorias feitas na graduação nos últimos dois anos, como a contratação de professores – sendo que atualmente 40% do corpo docente é doutor – e o esforço para a qualificação deles (desde 2014 foram criados cinco doutorados interinstitucionais).

“Outro elemento que reflete no ensino é a atualização dos projetos pedagógicos, em consonância com as novas diretrizes e também trazendo inovações pedagógicas.

Todo esse processo de melhoria na qualidade de ensino acontece de maneira mais gradual, não se reflete de uma hora para outra”, explica a reitora.

Superti aposta que a inovação, que ainda deixou a Unifap sem posicionamento no RUF este ano, seja o grande salto da Universidade nas próximas edições do ranking da Folha de São Paulo, já que, segundo a reitora, até 2014 a Universidade não tinha nenhuma patente registrada; de lá para cá, a Instituição tem o registro de um software e seis pedidos de registro de patentes.

Nos indicadores “internacionalização” e “mercado”, a Unifap ficou, respectivamente, na 122ª e 169ª posição.

Em “mercado”, o RUF ouve responsáveis pela contratação de profissionais no setor privado do mercado de trabalho.

A reitora lembra que as graduações que têm uma relação mais forte com o mercado de trabalho privado foram criadas recentemente e que o RUF não leva em consideração a realidade local de absorção de mão de obra com nível superior.

“É preciso levar em consideração, e nisso o RUF se torna cruel com universidades que atuam em regiões como a nossa onde a industrialização é frágil, que a nossa intersecção no mercado se dá principalmente com prestadores de serviços, dentre eles o próprio estado.

Temos alunos aprovados em inúmeros concursos, no entanto o RUF não considera isso como inserção no mercado, mas, em um estado como o nosso, com 70% de toda a renda movimentada por salários públicos, não considerar essa mão de obra que se emprega no serviço público e na prestação de serviços nos prejudica quando análise é feita com base no mercado”, conclui.


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