A Universidade Federal do Amapá (Unifap) promove nesta terça e quarta-feira, 03 e 04 de julho, o Seminário Regional das Licenciaturas em Educação no Campo.
O evento acontece no auditório do Conselho Superior Universitário (Consu) e reúne representantes do Governo Federal e das Universidades públicas de Rondônia, Roraima e Tocantins.
Durante o encontro os participantes irão discutir e partilhar experiências entre as instituições.
A reunião pretende diagnosticar, analisar e propor encaminhamentos estruturais a questões comuns referentes à dinâmica pedagógica, de gestão e de política de educação no campo, no âmbito das universidades.
Segundo a coordenadora do curso de licenciatura em educação no campo, professora Ana Cláudia Cristo, as graduações são voltadas exclusivamente para atender as populações que vivem nesses espaços onde, na maioria das vezes, o poder público atua timidamente na esfera superior educacional.
Durante o evento serão realizadas palestras, mesas temáticas, discussões e apresentação de painéis.
“As atividades seguem com uma análise do desenvolvimento local e regional, além do debate das perspectivas de cooperação.
No segundo momento serão analisadas sugestões de implantação de políticas públicas a serem construídas para dar conta do debate da educação do campo”, explica Ana Cristo.
Processo seletivo para o curso de Educação no Campo.
A Unifap vai publicar na próxima semana o edital com regras de seleção para ingresso no curso de Licenciatura em Educação no Campo na área de Ciências Agrárias e da Natureza.
Os selecionados no processo seletivo irão estudar no campus Mazagão da Unifap.
O processo seletivo será voltado para professores sem graduação, agricultores, quilombolas, indígenas e ribeirinhos que comprovadamente residam no campo.
Para o estudante não abandone inteiramente o convívio no seu ambiente familiar e de trabalho, parte das atividades será desenvolvida na universidade e outra no ambiente onde residem.
A coordenadora explica que o método pedagógico influência para os baixos índices de evasão, inferiores a 7%, segundo levantamentos preliminares realizados com as turmas veteranas.
Já existem 60 alunos formados e mais 60 em fase de conclusão de curso.
Ana Cláudia Cristo afirma que as turmas formadas anteriormente estavam inseridas em um contexto de políticas de governo, onde não existia a certeza se a graduação em educação no campo seria oferecida continuamente.
“Hoje o curso tornou-se uma política pública, um curso efetivo da instituição, que demandou, inclusive, concurso para professores e técnicos na universidade”, disse.
