Seminário debateu inserção de atividades de extensão na matriz curricular da graduação

Seminário debateu inserção de atividades de extensão na matriz curricular da graduação

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A implantação de 10% da carga horária específica de atividades de extensão nos currículos dos cursos de graduação da Universidade Federal do Amapá (Unifap) começou a ser discutida na manhã de hoje, 26. O I Seminário de Extensão Universitária, com o tema “Importância e desafios para implementação das Diretrizes Nacionais da Extensão Universitária”, é o primeiro passo do processo que deve ser finalizado até 2021, conforme prevê a Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018.

Em seu art. 4º, o texto orienta que “as atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação, as quais deverão fazer parte da matriz curricular dos cursos”.  O encontro foi proposto justamente para dar início aos trabalhos de adequações necessárias na Unifap para atende à norma.

A professora Ana Inês Sousa, do Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi convidada para apresentar o desenrolar e experiência durante o processo que ocorreu na universidade carioca. Ana Inês Sousa também apontou os resultados obtidos com os estudantes após a curricularização da extensão universitária.

Segundo ela, houve diminuição nas taxas de evasão, maior interesse pela profissão e pelas perspectivas de ação na sociedade, além do aumento no rendimento acadêmico.  A nova resolução tem a intenção de potencializar o envolvimento de todos os estudantes em atividades curriculares institucionais com servidores das universidades com foco sempre na comunidade externa.

O pró-reitor de extensão e ações comunitárias, professor João Batista, disser que o encontro é fundamental para compreender como será a extensão a partir de 2021 e a atualização da resolução hoje em vigor na Universidade. “Esse encontro vai colaborar e trazer à luz as novas perspectivas apresentadas na resolução editada pelo Governo Federal. Nosso objetivo aqui é muito prático, nos adequarmos”, afirmou.

Pró-reitor de extensão e ações comunitárias, professor João Batista, conversou com a imprensa sobre a importância do evento para a Unifap

Como curricularizar a extensão? Qual o perfil do professor para propor e fazer a extensão? E como fazer com que a extensão não seja apenas mais uma disciplina no currículo foram alguns dos questionamentos levados à convidada pela pró-reitora de graduação, professora Elda Araúj. Segundo Elda Araújo, esses questionamentos são sempre postos à mesa na pró-reitoria.

A relevância das atividades de extensão que, por vezes chegam até mesmo onde os poderes públicos constituídos deixam a desejar, foi levantado pela diretora do Departamento de Extensão (DEX), Kelly Huany Braga, que classificou como de extrema importância o momento para a comunidade acadêmica.  A inserção da extensão na grade curricular dos cursos de graduação presenciais e à distância será realidade na Unifap até 2021.

O que é Extensão Universitária?

A Extensão Universitária é a comunicação que se estabelece entre universidade e sociedade visando à produção de conhecimentos e à interlocução das atividades acadêmicas de ensino e de pesquisa, através de processos ativos de formação.

A Extensão engloba experiências de popularização da ciência, e realiza atividades que favorecem a construção de caminhos que podem contribuir no enfrentamento de problemas e questões sociais. Exercidas como direito social, as práticas extensionistas primam pelo respeito à diversidade cultural e têm como eixo o encontro entre os saberes acadêmicos e os saberes espontâneos.

Texto: Cléber Soares


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