Professores da Universidade Federal do Amapá (Unifap) publicaram 242 artigos científicos no ano passado, ocasionando um aumento de 49,4% na produção docente de 2015 em relação a 2014.
Os dados constam no levantamento realizado pelo Departamento de Pesquisa (DPq) da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propespg) e foram obtidos com base nas informações do currículo Lattes dos professores atualizados até junho de 2016, considerando apenas artigos publicados em revistas científicas.
É o segundo ano que a Propespg faz o levantamento da produção docente da Universidade.
Em 2015, a pesquisa conferiu as publicações dos nove anos anteriores, distribuída por departamento acadêmico [confira o levantamento aqui].
“O objetivo era iniciar um ciclo avaliativo da publicação de artigos em revistas científicas de nossos professores, cujo diagnóstico, no decorrer dos anos, direcionaria as políticas de apoio ao docente pesquisador da Universidade”, afirma a professora Helena Simões, pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação.
O levantamento incluiu o número de artigos publicados por professor e por departamento, a taxa de publicação por docente e o estrato Qualis da revista na qual o artigo foi publicado – o Qualis-Periódicos é o sistema usado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para classificar a produção científica dos programas de pós-graduação no que se refere aos artigos publicados em periódicos científicos.
A novidade deste ano é o Índice de Qualidade da Publicação (IQP).
“Este índice é calculado com base no estrato Qualis mais elevado da revista na qual o artigo foi publicado, ou seja, revistas com Qualis Capes A1 equivale a 100% de qualidade, 85% para A2, 70% para B1, 55% para B2, 40% para B3, 25% para B4, 10% para B5 e sem índice para revistas com estrato C”, explica o professor Alaan Ubaiara, diretor do DPq.
Evolução Ao analisar as publicações docentes por departamento, o DPq verificou o crescimento expressivo na quantidade de artigos publicados em 2015 em relação a 2014 de professores vinculados ao Departamento de Filosofia e Ciências Humanas.
O mesmo ocorreu com os Departamentos de Educação e de Letras e Artes, que evoluíram tanto no número de publicações quanto nas qualificações das revistas.
Os professores vinculados aos Departamentos de Ciências Biológicas e da Saúde e de Ciências Exatas e da Terra possuem maior IQP, seguidos do Departamento de Ciências Ambientais.
Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, o crescimento da produção docente da Instituição é fruto de duas ações adotadas na Unifap: os editais de Premiação Científica, realizados nos três anos anteriores, e a gestão junto aos programas de pós-graduação, que resultou em uma força conjunta entre Propespg,Departamento de Pós-graduação (DPG), coordenadores e colegiados dos mestrados e doutoradosque convergiu para o aumento da produção científica na Instituição, tendo como foco o bom resultado na avaliação quadrienal da Capes, ao final deste ano.
“A expectativa para 2016 é de elevação no crescimento da produção docente, pois se espera resultados positivos de divulgação científica dos grupos de pesquisa apoiados com o Programa de Auxilio ao Pesquisador (Papesq), publicado em 2015.
Nos próximos meses serão divulgadas a produção dos docentes lotados nos campi do Oiapoque, Santana e Mazagão e a próxima edição geral do levantamento deverá incluir também publicações em livros, pois a intenção é avaliar, em quantidade e qualidade, a produção científica da totalidade dos docentes pesquisadores da Universidade, a fim de criar parâmetros para políticas eficientes de apoio à pesquisa”, ressalta Helena Simões.
