A Universidade Federal do Amapá (Unifap) subiu nove posições no Ranking Universitário Folha (RUF), do jornal Folha de São Paulo, passando da 175ª posição em 2014 para a 166ª posição este ano.
O Ranking Universitário Folha é uma avaliação anual do ensino superior brasileiro feita pelo jornal desde 2012 e classifica 192 universidades brasileiras de todas as regiões do país.
O resultado deste ano foi publicado ontem (14).
Para a reitora da Unifap, profª.
Drª.
Eliane Superti, a melhor colocação da instituição no ranking deste ano demonstra que a instituição está avançando na qualidade do ensino ofertado.
A Unifap ainda tem muitos desafios no seu processo de consolidação, mas o melhor posicionamento no ranking 2015 da Folha de São Paulo já reflete as ações que têm sido implementadas para a melhoria global da instituição, seja na qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, seja na infraestrutura da universidade, afirma Eliane.
Indicadores O Ranking Universitário Folha avalia as universidades a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado.
A universidade avaliada recebe notas em cada um desses indicadores e a nota final é a soma das notas dos indicadores, totalizando o máximo de cem pontos.
No quesito ensino, a Unifap ficou na 126ª posição, o que para a reitora evidencia o avanço da instituição na qualidade dos cursos.
A nota só não foi mais confortável porque alguns cursos ainda têm um desempenho frágil no Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes do Ensino Superior (Enade), o que reflete no processo de reconhecimento junto ao Ministério da Educação (MEC), explica Eliane.
A reitora afirma ainda que existe um esforço institucional muito grande no sentido de implementar ações como a revisão dos projetos pedagógicos, concursos para contratação de novos docentes e construção e ampliação de infraestruturas de maneira que, até 2018, todas as graduações da instituição tenham conceito 4 na avaliação do MEC.
Ao cumprir essa meta, a Unifap estará entre as 100 melhores universidades do país, avalia Superti.
Os indicadores internacionalização e mercado pesaram na avaliação da Unifap pelo RUF, deixando a universidade na 168ª e 169ª posições, respectivamente.
Em relação à internacionalização da instituição, Eliane Superti lembra que agora que a Unifap tem um projeto de internacionalização (aprovado, inclusive, pelo MEC).
A Pró-reitoria de Relações Interinstitucionais já tem colocado o projeto de internacionalização da universidade em prática, com editais de fomento à mobilidade acadêmica internacional de docentes e estudantes que irão inserir a comunidade acadêmica em redes internacionais de pesquisa e fomentar parcerias para trabalhos e publicação em conjunto.
Essas ações com certeza elevarão o posicionamento da Unifap nos próximos rankings, acredita.
No quesito mercado, o ranking da Folha ouve responsáveis pela contratação de profissionais no setor privado do mercado de trabalho.
A maioria dos cursos da Unifap que atende as necessidades do setor privado, como as engenharias, medicina, administração, entre outros, não formaram as suas primeiras turmas, e isso impacta diretamente na nota da Unifap.
Além disso, os egressos dos cursos de licenciatura da universidade atuam, em sua grande maioria, em instituições públicas de ensino, e o setor público não é ouvido pelo ranking, explica Eliane.
A pesquisa da Unifap ficou em 147º lugar no RUF e, segundo Eliane Superti, com os editais de apoio à pesquisa lançados este ano, esse quesito tende também a ser melhor avaliado em 2016.
Sobre a inovação na Unifap, a reitora acredita também ser um dos maiores desafios da instituição.
Estamos ainda amadurecendo no desenvolvimento de tecnologia e inovação dentro da instituição, o que requer políticas de longo prazo para colhermos resultados, conclui.
Obras apesar da infraestrutura não ser avaliada no ranking universitário da Folha de São Paulo, a reitora acredita que as obras estruturantes que serão construídas nos campi da Unifap nos próximos anos irão impactar diretamente na qualidade do ensino, pesquisa e extensão da universidade.
O Hospital Universitário já começa a ser construído ano que vem.
Dia 2 de outubro entregamos o Bloco A do campus Oiapoque.
Outra obra garantida é a construção da pista olímpica de atletismo no campus da capital, que custará R$ 10 milhões, fruto da negociação direta com o Ministério do Esporte, enumera Superti.
As demais obras que estão previstas são o prédio do Departamento de Registro e Controle Acadêmico, o prédio do Departamento de Letras e Artes, obras estruturais no campus de Oiapoque, oito subestações elétricas, a reforma de todos os banheiros do campus Marco Zero do Equador.
Os ônibus circulares dos campi Santana, Mazagão e Oiapoque já serão realidade neste semestre, assim que as aulas retornarem, afirma a reitora.