Em Macapá, a ação será voltada para as mulheres grávidas
Com objetivo de debater as medidas preventivas, diagnóstico e tratamento da doença, a Prefeitura de Macapá promoveu o 1º Seminário de Prevenção e Combate à Sífilis, na quarta-feira, 28. O evento reuniu mais 300 profissionais da atenção básica do município, no anfiteatro da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).
De acordo com informações da Secretaria da Saúde de Macapá, a grande preocupação é a transmissão da doença de mulheres grávidas para os bebês. Nessa fase pode ocorrer má-formação no sistema nervoso do feto, perda da visão/ou audição e até mesmo a morte neonatal. O plano de combate à doença enfatizará aos profissionais e gestantes, a importância da realização do pré-natal completo.
“Queremos gerar a articulação em rede de ações estratégicas para o enfrentamento dos casos de sífilis em Macapá, e promover discussões e reflexões acerca dos desafios atuais a serem enfrentados”, explicou a secretária de Saúde de Macapá, Silvana Vedovelli.
Epidemia silenciosa
Anualmente, no mês de outubro, é realizado o Dia D de Combate à Sífilis, em todo o Brasil. Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou mais de meio milhão de casos de sífilis congênita no mundo, resultando em 200 mil natimortos e mortes neonatais.
No mesmo ano, o Ministério da Saúde decretou ‘epidemia silenciosa’ diante os altos índices de novos casos, com aumento de 31,8%, da sífilis adquirida, por meio do contato sexual.
Sífilis congênita – É transmitida para criança durante a gestação (transmissão vertical). A detecção desta Infecção Sexualmente Transmissível (IST) pode ocorrer durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente). O Ministério da Saúde orienta que a gestante seja testada pelo menos em três momentos: 1) Primeiro trimestre de gestação, 2) Terceiro trimestre de gestação e 3) Momento do parto ou em casos de aborto.
Prevenção e tratamento
A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, com possibilidade de cura. A doença apresenta diferentes manifestações clínicas e estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, podem aparecer feridas no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), entre 10 a 90 dias após o contágio.
O teste rápido (TR) de sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, resultado em, no máximo, 30 minutos. O tratamento de escolha é a penicilina benzatina, aplicada gratuitamente na Unidade Básica de Saúde. O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde orienta sobre a prevenção.
– Uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina,
– Acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal.
Com informações da Assessoria de Comunicação/Semsa e Ministério da Saúde.
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