Reitor debate criação do curso de medicina na Ueap durante audiência pública.

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A experiência obtida durante o processo de implantação do curso de medicina na Universidade Federal do Amapá (Unifap) foi exposta pelo reitor José Carlos Tavares durante breve palestra em audiência pública ocorrida na manhã desta sexta-feira, 28, na Assembleia Legislativa.

Na oportunidade, parlamentares, convidados e estudantes debateram a viabilidade da fundação deste mesmo curso de graduação na Universidade do Estado do Amapá (UEAP).

O encontro foi proposto pelos deputados Jaci Amanajás (PROS) e Manoel Brasil (PEN).

Tavares alertou os presentes que o curso de medicina deve começar a ser implantado, de fato, muito antes da autorização final do Ministério da Educação (MEC).

São necessárias infraestrutura de salas de aula e laboratórios, equipamentos e professores.

Além do preenchimento de diversos pré-requesitos impostos pelo MEC.

“Tudo deve ser bem pensado.

O projeto pedagógico, o perfil dos professores responsáveis pelas disciplinas e o projeto de infraestrutura.

A audiência pública é apenas o passo inicial”, sustenta o reitor.

O primeiro curso de medicina no estado foi oferecido pela Unifap em 2010, vinte anos após a criação da instituição.

O reitor destacou a licitação do Hospital Universitário.

A infraestrutura de 320 leitos e espaço para residência médica irá melhorar a qualidade do ensino da medicina na federal e a efetivação do curso na estadual.

“A expansão da área de saúde de qualquer universidade gera melhorias para todos.

Esses benefícios são percebidos por meio do aumento no número de bolsas, auxílios estudantis e recursos para obras”, informou o reitor.

Tavares finalizou sua explanação dizendo-se a favor de políticas sérias de educação que reflitam na qualidade de vida dos amapaenses.

A reitora da UEAP, professora Maria Lúcia Teixeira Borges, usou de cautela para manifestar seu apoio ao projeto de implantação do curso de medicina na universidade estadual.

Para ela, o exemplo da Unifap deve ser seguido.

“Nós precisamos seguir todos os trâmites necessários para obtermos êxito com o que estamos pleiteando.

Muito ainda há por fazer para que sejamos bem sucedidos”, avaliou a professora.

Segundo cálculos divulgados pelo secretário de saúde estadual, Jardel Nunes, hoje existe um défit de 1107 profissionais médicos no Amapá.

Somente no ano 2043 essa carência seria suprida se apenas a Unifap formar profissionais até lá.

Diante do exposto, Jardel Nunes aderiu ao projeto de lei dos deputados sobre a necessidade da criação de mais um curso médico.

O projeto deve ser votado na próxima terça-feira em sessão ordinária na Assembleia Legislativa.

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