PROEXT 2016: Unifap têm dois projetos de extensão aprovados com recursos no edital do MEC

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Promoção em saúde em mulheres hipossuficientes com incontinência urinária e inserção da robótica nas escolas públicas de ensino fundamental e médio são os assuntos dos dois projetos de extensão da Universidade Federal do Amapá (Unifap) aprovados com obtenção de recursos no Programa de Extensão Universitária (ProExt-2016), cujo resultado foi divulgado no dia 26 de agosto pelo Ministério da Educação (MEC).

Ao todo, os dois projetos obtiveram R$ 184 mil.

O projeto de extensão “Educação e promoção em saúde de mulheres hipossuficientes, ribeirinhas, quilombolas, indígenas portadoras de incontinência urinária para a melhoria da qualidade de vida”, do professor do curso de Fisioterapia, Msc.

Adilson Mendes, irá promover o tratamento fisioterápico em 100 mulheres diagnosticadas com incontinência urinária e que estejam sendo atendidas na Maternidade Mãe Luzia, na capital amapaense.

“A incontinência urinária é uma das doenças que mais acomete pessoas no mundo.

O diagnóstico da incontinência é difícil, e por conta disso muitas vezes as mulheres (que são as que mais contraem a doença) só são diagnosticadas ou procuram tratamento quando a situação já pede uma intervenção cirúrgica.

O objetivo do projeto é diagnosticar a incontinência, realizando a Urodinâmica (exame que detecta a doença), e tratar a incontinência urinária de maneira não invasiva, por meio de tratamento fisioterápico e medicamentoso, para que a mulher se prepare melhor para a cirurgia – ou, em alguns casos, nem chegue a ser operada – e para o período pós-cirúrgico”, explica Adilson.

Além da natureza extensionista, o projeto irá também desenvolver pesquisa sobre o assunto.

“Iremos coletar dados e desenvolver artigos científicos sobre a doença no estado”, afirma Adilson.

Além disso, o projeto envolverá os cursos de Fisioterapia e Medicina da Unifap.

“Teremos cerca de 12 alunos dos dois cursos que serão nossos bolsistas, além da participação dos doutores Aljerry Dias do Rego e Kátia Jung, professores do colegiado de Medicina”, diz.

Robótica para crianças e adolescentes O outro projeto de extensão aprovado com recursos, “Robótica Tucuju”, irá desenvolver a inclusão digital em escolas públicas do ensino fundamental e médio do estado por meio da robótica, ciência que planeja e constrói robôs englobando várias áreas do conhecimento e incluindo também diversos ramos da física e da computação.

A autora do projeto, professora Drª.

Simone de Almeida Delphim, do curso de Matemática, explica que o projeto será desenvolvido ao longo de um ano em duas escolas de seis municípios amapaenses (Macapá, Santana, Vitória do Jari, Porto Grande, Amapá e Oiapoque), envolvendo aproximadamente 400 estudantes das 12 escolas que receberão o projeto, e será realizado em quatro etapas.

A primeira fase será a formação de acadêmicos dos cursos do Departamento de Exatas da Unifap para serem multiplicadores da metodologia de aplicação da robótica nas escolas.

Esses discentes formados irão replicar, por meio de oficinas, a metodologia aos professores das escolas públicas e prepará-los para trabalhar a robótica com os alunos.

“A terceira etapa será a realização de oficinas com os alunos da rede pública de ensino para ensiná-los a construir seus próprios robôs com os kits de robótica que o projeto irá doar para cada colégio e material reciclado.

Por fim, os melhores trabalhos serão apresentados na Olimpíada Brasileira de Robótica”, descreve Simone.

Para Simone, a contribuição da robótica para crianças e adolescentes vai além da construção de robôs.

“A robótica desenvolve a lógica nos alunos, o espírito do trabalho em equipe e, principalmente, ajuda a criança ou adolescente na resolução de problemas, sejam eles matemáticos ou do cotidiano”, conclui.

Impactos institucionais O pró-reitor de Extensão e Ações Comunitárias da Unifap, Rafael Pontes Lima, destaca que os projetos de extensão aprovados possuem um alcance social amplo, ultrapassando os benefícios institucionais, e que, para a Unifap, a obtenção de recursos do Proext viabiliza ações extensionistas dentro da universidade.

“Outro aspecto relevante para a instituição é o impacto acadêmico do Proext e da aprovação desses projetos, pois estimula outros docentes a concorrerem em outros editais, promove o fortalecimento da extensão na Unifap e mostra a competência dos nossos professores em atividades extensionistas, demonstrando o potencial que a universidade tem para se tornar referência em extensão acadêmica”, afirma Rafael.

Projetos e programas classificados Além dos dois projetos que obtiveram recursos do Proext, outros sete projetos de extensão e um programa da Unifap foram classificados, mas sem captação financeira.

São eles: ■ Projetos “Coletivo Carapanã”.

Autor: Nycolas Albuquerque.

“Limpeza e Manutenção em Estabelecimentos de Saúde – Normas de Biossegurança Uma visão Multissetorial”.

Autor: Aldo Aparecido Proietti Junior.

“Salve uma criança da violência – saiba como: capacitação dos profissionais de saúde e educação para a prevenção”.

Autora: Silvana Rodrigues da Silva.

“Formação para Inclusão Digital”.

Autora: Naralina Viana Soares da Silva.

“Projeto Integrado de Educação e Meio Ambiente”.

Autora: Eliane Furtado da Silva.

“Juventude da Amazônia: Identidade e Modo de Vida Extrativista”.

Débora Mate Mendes.

■ Programa “Palhaçoterapia como estratégia educativa na prevenção do câncer no município de Macapá- Amapá”.

Autora: Maira Tiyomi Sacata Tongu Nazima.

Proext – O Proext 2016 é um edital do Ministério da Cultura que abrange programas e projetos de extensão universitária, com ênfase na formação dos alunos e na inclusão social nas suas mais diversas dimensões, visando aprofundar ações políticas que venham fortalecer a institucionalização da extensão no âmbito das Instituições Federais, Estaduais e Municipais e Comunitárias de Educação Superior .


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