Pós-Graduação Stricto Sensu no Amapá completa 10 anos

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No ano em que a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) completa seus 25 anos, também comemora seus 10 anos de atividades em pós-graduação stricto sensu.

A construção dos programas de mestrado e doutorado aqui instalados são resultados de várias ações executadas desde a década de 1990, quando foram executados mestrados interinstitucionais, e após os anos 2000, quando ocorreram doutorados interinstitucionais na instituição.

Na medida em que os docentes e pesquisadores no Estado foram se qualificando em nível de doutorado, estando eles no Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), na EMBRAPA e na UNIFAP, constantemente se reuniam e dialogavam sobre a necessidade e importância de construção de mestrados e doutorados em 2005 (que à época não havia 15 doutores no Amapá e em diversas áreas da pesquisa).

Na Unifap, por exemplo, havia apenas 7 professores com o título de doutor.

O desafio era conseguir agregar a capacidade instalada de pesquisadores, titulados em diversas áreas e que pudessem direcionar um foco que pudesse atender à condição multiforme de seus titulados.

A primeira tentativa ocorreu com um projeto de Mestrado em Saúde elaborado pelo Dr.

Tavares Neto (UFBA) em 2004.

A proposta não foi executada, mas a provocação foi feita.

Em 2005, foram elaboradas e encaminhadas pela Unifap duas propostas a CAPES: Mestrado Integrado em Desenvolvimento Regional (MINTEG) e o Mestrado em Direito Ambiental.

Desses, somente o primeiro encontra-se ativo na instituição.

A esta época, havia escassez de doutores por parte da instituição UNIFAP que pudessem compor o quadro docente.

Para resolver este problema, parcerias foram realizadas com o IEPA, UFPA e a EMBRAPA.

A parceria entre essas instituições é fundamental para a construção da ciência, tecnologia e a inovação do Estado do Amapá, como também para a criação de outros programas de mestrado e doutorado e a inserção em redes de pós-graduação deste ente federativo: O Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO); A Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (BIONORTE).

O MINTEG foi recomendado em 15 de setembro de 2005 e iniciou suas atividades em março de 2006 com a seleção de 15 mestrandos.

Em 2011 foi renomeado para Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Desenvolvimento Regional (PPGMDR).

10 anos depois, em 03 de dezembro de 2015 foi defendida a sua centésima dissertação, sendo que 20 delas são de técnicos e docentes inseridos na Unifap, consolidando a sua diretriz pela formação de massa crítica de pesquisadores no estado, muitos inseridos em órgãos públicos ou instituições de ensino superior privadas.

Neste período 2006-2015, o quadro de docentes do PPGMDR também tem buscado seu amadurecimento acadêmico em estágios pós-doutorais, sendo efetivados 8 projetos: 5 internacionais (3 em Portugal, 1 nos EUA e 1 na Guiana Francesa) e 3 nacionais.

Como também recebendo pesquisadores para a execução desses estágios.

Produziu 130 artigos em periódicos qualificados; 38 livros, 74 capítulos de livros e; 306 trabalhos completos em eventos nacionais e internacionais.

Consolidando, com isso, a sua diretriz pela geração de conhecimento sobre o Estado amapaense.

Passados 10 anos, a Unifap oferece 4 programas de mestrados (Ciências Farmacêuticas, ciências da Saúde, Desenvolvimento Regional, Biodiversidade), 1 de doutorado (Biodiversidade), participa de 4 programas stricto sensu em rede (Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática-REAMEC; Rede de Biodiversidade, Inovação Farmacêutica e, Biotecnologia da Amazônia Legal-BIONORTE); e 2 Mestrados profissionais (Matemática-PROFMAT e História-PROFHISTÓRIA).

No período de 2010 a 2014, a UNIFAP investiu em 4 DINTER para a qualificação dos seus servidores e de outras instituições no Estado do Amapá (Direito, Educação, Sociologia, e Enfermagem), sendo alguns desses inseridos no quadro da Unifap por concurso; para o ano de 2015, foram aprovados mais 2 Dinter: Geografia e Arquitetura e Urbanismo.

“Muito há para ser melhorado em nossos programas stricto sensu aqui instalados; Os professores/pesquisadores neles envolvidos não têm medidos esforços para se aprimorarem e se inserirem na ciência, tecnologia e inovação do país; As instituições de pesquisa envolvidas se esforçam para manter seus apoios laboratoriais e institucionais; Há muita procura pela busca de qualificação em pós-graduação no Estado do Amapá, pois a demanda reprimida é grande; Com a existência de seis mestrados no Amapá, amplia-se a necessidade de se garantir o avanço do conhecimento em outras escalas”, afirma o Prof.

Jadson Porto, coordenador do Mestrado em Desenvolvimento Regional (PPGMDR/UNIFAP).

Texto: Prof.

Jadson Porto (com alterações).


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