Mestrado em Estudos de Fronteira inicia atividades com palestra de membro da Capes

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Uma palestra sobre os desafios de um programa profissional em estudos de fronteira para o país marcou ontem, 19, o início das atividades do Mestrado em Estudos de Fronteira da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

A aula inaugural foi realizada no hall do Centro Integrado de Pesquisa e Pós-graduação (Cipp), localizado no campus Marco Zero do Equador, em Macapá (AP), e contou com a participação de 42 pessoas.

A aula magna foi proferida pelo coordenador adjunto de programas profissionais da área de Ciência Política e Relações Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) André Panno Beirão.

Para o pesquisador, um dos principais desafios para a realização de estudos que abordam a região transfronteiriça amazônica é fazer com que o mundo científico do eixo centro-sul conheça a realidade local.

“Essa realidade só é conhecida por quem vive nela e esses estudos de fronteira, que são crescentes e inovadores no Brasil, são muito importantes, em especial nesse limite norte brasileiro, onde poucos conhecem”, avaliou.

O coordenador do mestrado, Gutemberg de Vilhena Silva, ressaltou que, por se tratar de um mestrado profissional, os estudos que serão desenvolvidos dentro da pós-graduação stricto sensu terão aplicações práticas.

“Estamos dentro de uma grande região amazônica – não só a brasileira, mas a pan-Amazônia, que compreende os países do Platô das Guianas, Colômbia etc.

Então um bom desafio é fazer com que esses alunos desenvolvam pesquisas aprofundadas, com produtos técnicos que ajudem as empresas amapaenses a penetrarem na Guiana Francesa, no Suriname, na Guiana, na Venezuela etc.

, para promover a construção de sistemas eficientes de colaboração, seja na informação, na saúde, enfim, em diversas áreas.

Essa será nossa grande contribuição: estudos práticos, concretos, que tenham aplicações reais”, afirmou.

PPGEF O Programa de Pós-graduação em Estudos de Fronteira (PPGEF) – Mestrado foi aprovado pela Capes em 2016 e inicia sua primeira turma este ano, com 15 discentes e 17 alunos especiais.

Ao final do curso, os alunos serão mestres em estudos de fronteira.

Os objetivos do PPGEF são: 1) Formar profissionais capazes de compreender, dialogar e intervir diante das demandas das instituições governamentais e não governamentais das mais diversas naturezas, escopos e territorialidades, bem como entidades privadas ou de proveito público surgidas na sociedade civil, considerando atentamente as suas especificidades das diversas fronteiras regionais enquanto incididas ou potencializadoras diante de questões internacionais; 2)Contribuir para a formação dos profissionais diante do debate aplicado e amplo das relações internacionais, inclusive por meio do diálogo entre diferentes áreas do conhecimento, visando fortalecer a sua atuação nas diversas funções institucionais e de mercado, gerando novas perspectivas empíricas, metodológicas e teóricas complementares a tal campo de debates, de investigação de nível pós-graduado e exercício profissional sobre temáticas multidimensionais voltadas para as questões fronteiriças; 3)Promover oportunidades para a formação de pesquisas de excelência na aplicação profissional, tratando a temática da Fronteira como uma questão internacional, com foco e caráter aplicado sobre os dilemas, os problemas e a produção de expertise sobre as questões que perpassam a região amazônico-caribenha e seu entorno, incluindo aqui as Guianas como nexo basilar, seja na dimensão política, social, econômica, geográfica ou cultural; 4)Proporcionar o intercâmbio reticular e parcerias sinérgicas entre as instituições autônomas, públicas ou privadas, e o mercado de trabalho em dimensão nacional e internacional, articulando a temática dos estudos fronteiriços para profissionais e proporcionando experiências em acúmulo tanto ao profissional em formação quanto às próprias instituições; 5)Gerar conhecimentos aplicados e saberes contributivos aos meios profissionais que envolvam debate da Fronteira como tema emergente e estruturante das relações internacionais, observando a contribuição da especificidade das temáticas e das fronteiras regionais diante das grandes tendências nacionais e internacionais.

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