O Hospital Universitário (HU) foi tema de audiência pública na manhã desta sexta-feira, 29, na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá (Alap).
A reunião foi proposta pela deputada estadual Roseli Matos (PP) como uma oportunidade para explicar à sociedade o funcionamento do complexo hospitalar e suas atribuições após a sua conclusão.
A reitora da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Eliane Superti, a coordenadora do curso de medicina, Maira Tongu, além de parte da bancada parlamentar federal responsável pela emenda com a qual a empreitada se mantém, estavam presentes.
Durante 20 minutos, a reitora Eliane Superti detalhou aos presentes os ambientes que compõem os espaços do HU, seus funcionamentos, os atendimentos que lá serão feitos e a função do hospital no sistema hospitalar estadual.
O Hospital Universitário irá compor o sistema de saúde.
Como dito pela gestora na reunião, o HU não será um hospital de portas abertas, ou seja, os atendimentos serão feitos mediante encaminhamentos, quando o acolhimento secundário nas Unidades de Pronto-Atendimento não puder ser feito por serem casos mais raros ou complexos demais.
É necessário explicar o papel do HU no sistema.
O sistema de saúde nacional é fragmentado por níveis de atenção.
O efetivo controle sobre os processos é o que garantirá o funcionamento adequado dos serviços, ressaltou.
O HU vai atender a média e alta complexidade.
Isso significa também que, após sua conclusão, o Amapá passará a figurar na rede de transplante nacional de órgãos, dada a estrutura que será entregue.
Essa não é a realidade atual.
No quesito acadêmico, a existência de um hospital, agregado às práticas de pesquisa, ensino e extensão, tornou-se imperativo para que a Universidade pudesse continuar com a oferta da educação superior na área de saúde no Amapá e melhorar seus índices junto ao Ministério da Educação (MEC).
Após a conclusão, a Universidade será responsável pelos trabalhos acadêmicos com o alunado no complexo hospitalar e fiscalização do mesmo.
Funcionamento administrativo O HU nasce dentro de um novo paradigma no atendimento administrativo hospitalar federal.
A reitora disse que, indagada em outras ocasiões sobre como a Unifap irá manter uma estrutura hospitalar de grande envergadura num cenário de crise e com poucos recursos, esclareceu que desde 2011 a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) é quem faz a gestão administrativo-financeira dos hospitais universitários do país.
Os recursos provenientes para manutenção do HU são federais e organizados pela empresa responsável.
Portanto, a Universidade não estará comprometida financeiramente com o HU.
A Unifap fará no complexo hospitalar o que sabe fazer: desenvolver atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão.
Mas nós não vamos gerenciá-lo.
Todo o recurso utilizado para manter esse hospital é proveniente do Governo Federal, por meio do SUS e administrado pela Ebserh, informou.
Prazo As obras do HU seguem com cinco meses de adiantamento em relação ao cronograma inicial.
Antes previsto para 2020, hoje a expectativa é que o hospital seja entregue em meados de 2019.