I Encontro Estadual da ANPUH-AP I Jornada Internacional de Estudos de História da Amazônia

ASSOCIAÇÃONACIONAL DE HISTÓRIA – SEÇÃO AMAPÁ I ENCONTRO ESTADUAL DA ANPUH-AP I JORNADA INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE HISTÓRIA DA AMAZÔNIA Colegiado de História UNIFAP 03 a 05 de dezembro de 2014 ● Macapá ● Amapá Universidade Federal do Amapá A Associação Nacional de História – Seção Amapá realizará nos dias 03, 04 e 05 de dezembro de 2014, na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), oI Encontro Estadual da ANPUH-AP eI Jornada Internacional de Estudos de História da Amazônia.

O objetivo deste evento é fomentar o debate acerca de pesquisas e práticas docentes relativas à História da Pan-Amazônia.

Ele será a reunião de professores e pesquisadores interessados em apresentar, conhecer e discutir a produção de conhecimentos históricos gestados dentro e fora dos círculos acadêmicos.

Sob o temaDiásporas, migrações e territorialidades na Pan-Amazônia, oevento contará com mesas redondas, minicursos, simpósios temáticos, conferências e lançamento de livros, epretende promover discussões que enfoquem a constituição histórica da Pan-Amazônia a partir da circulação ou movimento de variados sujeitos que, frequentemente, foram fixando-se em diferentes pontos desta imensa região e formando: povoados, vilas e cidades.

Não raro, esta também foi uma história de conflitos e incompreensões.

INFORMAÇÕES SOBRE AS INSCRIÇÕES O valor da inscrição no evento será R$ 10,00.

Associados com a anuidade em dia serão isentados desta taxa.

Para receber certificado de participante/ouvinte, os interessados (inclusive os apresentadores de trabalho) deverão fazer inscrição referente a essa modalidade.

Além disso, deverá ser comprovada assiduidade de no mínimo 50% nas atividades do evento, através da assinatura das listas de frequência por turno.

A inscrição ocorrerá ao longo do mês de novembro, no saguão da Cantina Central da UNIFAP, e no dia do credenciamento (03 de dezembro), pela manhã, na entrada do Anfiteatro da UNIFAP.

PROGRAMAÇÃO 03/12 – Quarta-feira De 9 às 12 h.

– Credenciamento.

Local: entrada do Anfiteatro da Unifap.

De 14 às 16 h.

– Simpósios Temáticos.

Locais: salas dos blocos Q e R (Unifap).

De 16:30 às 18:30 h.

– Mesa de debates “Diásporas, migrações e territorialidades no Brasil setentrional”, mediada e debatida pela Msc.

Lara de Castro (Doutoranda da Ufba) e também composta pelos debatedores: Dr.

Manoel de Jesus de Souza Pinto (Unifap) e Msc.

Antônio Alexandre Isídio Cardoso (Doutorando da USP).

Local: Anfiteatro da Unifap.

19:15 h.

– Abertura Solene De 19:30 às 21:30 h.

– Conferência de abertura “As universidades na ditadura: repressão, modernização e acomodação”, proferida pelo Dr.

Rodrigo Patto Sá Motta (Presidente da ANPUH Brasil).

Local: Anfiteatro da Unifap.

04/12 – Quinta-feira De 9 às 12 h.

– Minicursos.

Locais: salas dos blocos Q e R (Unifap).

De 14 às 16 h.

– Simpósios Temáticos.

Locais: salas dos blocos Q e R (Unifap).

De 16:30 às 18:30 h.

– Mesa de debates “Poderes transnacionais, Estado e políticas públicas na Pan-Amazônia”, mediada pelo Prof.

Msc.

Marcos Vinicius de Freitas Reis (Unifap) e composta por: Dr.

Reginaldo Gomes de Oliveira (Ufrr), Dr.

Francivaldo Alves Nunes (Ufpa) e Dr.

Francisco Bento da Silva (Ufac).

Local: Anfiteatro da Unifap.

De 19:30 às 21:30 h.

– Mesa de debates “Mundos do trabalho no Norte: balanços e perspectivas”, mediada e debatida pelo Prof.

Msc.

Adalberto Paz (Unifap) e também composta pelos debatedores: Dra.

Edilza Fontes (Ufpa) e Dr.

César Augusto Queirós (Ufam).

Local: Anfiteatro da Unifap.

05/12 – Sexta-feira De 9 às 12 h.

– Minicursos.

Locais: salas dos blocos Q e R (Unifap).

De 14 às 16 h.

– Mesa de debates “Ensino de História na Pan-Amazônia: experiências e desafios”, mediada e debatida pela Dra.

Cecília Maria Chaves Brito Bastos (Unifap) e também composta: pela Msc.

Veronica Aparecida Silveira Aguiar (Unir) e pelo Prof.

Silvaney Rubens Alves de Souza (Seed/ GEA).

Local: Museu Sacaca (Iepa).

De 16:30 às 18:00 h.

– Assembleia Geral com posse da nova gestão da ANPUH-AP e definição do tema do próximo Encontro Estadual.

Local: Museu Sacaca (Iepa).

De 18 às 19 h.

– Lançamento de livros.

Local: Museu Sacaca (Iepa).

19 h.

– Conferência de encerramento “Perspectiva e escala na história da Amazônia”, proferida pela Dra.

Barbara Weinstein (NYU).

Local: Museu Sacaca (Iepa).

MINICURSOS 1.

Geopolítica e territorialidade na Pan-Amazônia Ministrantes: Msc.

Guilherme Lopes da Cunha (UFRJ) e Msc.

Marcelo de Moura Carneiro Campello (URFJ) Ementa A Amazônia, sensível e cobiçada por seus estoques de recursos estratégicos, vive momentos de incerteza.

A matriz econômica regional baseia-se na exploração de recursos naturais destinados ao mercado externo.

Um fato recente na região é a implantação de infraestrutura física baseada no modal rodoviário a partir dos interesses asiáticos.

Um olhar crítico demonstra que a percepção estrangeira nestes dois setores — matriz primária e ampliação da infraestrutura — é comandada por interesse nacional externo.

A América do Sul é parte de um sub-sistema de poder onde prevalece a hegemonia regional dos Estados Unidos.

Ainda que estados regionais esforcem-se para ganhar autonomia, como demonstra a evolução do processo de integração regional, os Estados Unidos prevalecem na lógica de poder continental.

No entanto, há outros estados que demonstram interesse em interferir no processo de integração geopolítica da Amazônia, como a China.

Isso sugere a presença de uma geopolítica que interfere no eixo ambiental e que, por consequência, inclui a Amazônia.

Disposta a integrá-la com objetivos geoestratégicos, estados amazônicos e não amazônicos patrocinam empreendimentos diversos.

Rodovias perpassam florestas e parecem fazer parte do interesse estatal chinês nas commodities regionais, como demonstra corredor que interliga produção agropecuária e mineral do Brasil aos portos peruanos no Oceano Pacífico.

Pretende-se, neste minicurso, analisar em que medida o desenvolvimento da Amazônia corre riscos de subordinação aos interesses externos, mantendo a região como uma das mais antigas periferias do sistema interestatal capitalista.

Objetivos O objetivo deste minicurso é promover a reflexão sobre a existência de uma geopolítica tradicional e ambiental na Amazônia.

Entre os objetivos específicos, destacam-se os seguintes: investigar a existência de criação de novos laços de dependência da Amazônia com novos vetores de poder nas relações internacionais; averiguar se a expansão de poder e a presença de Estados não amazônicos na região contrariam interesses regionais; observar em que medida a Amazônia se insere no jogo geopolítico que se desenlaça entre Estados Unidos e China, haja vista que o país asiático é cada vez mais onipresente nas relações globais; considerar o desafio geopolítico dos Estados amazônicos, os quais têm dificuldades em administrar políticas eficazes, individual e conjuntamente; analisar se as migrações internacionais que ocorrem na Pan-Amazônia fazem parte de um sentido estratégico.

Justificativas Este minicurso poderá ser útil para ampliar a visibilidade sobre as implicações geopolíticas da na Amazônia.

Conhecer, processar e refletir o nexo dos movimentos dos estados no território da Amazônia é fundamental para pensar a gestão do espaço, sobretudo quando se trata de ambiente de extrema sensibilidade política.

A interferência de agentes externos na Amazônia é bastante significativa, e, mesmo assim, há escassez de pesquisas científicas sobre essa problemática.

Por meio deste minicurso, espera-se incentivar debates sobre o sentido de uma geopolítica tradicional e ambiental na Amazônia.

Isso contribuirá para que estudantes, pesquisadores e estudiosos do assunto, além de compartilhar experiências investigativas, conheçam novas abordagens e novas fontes que poderão alargar os horizontes deste campo de estudo em processo de consolidação.

2.

Ensino de história e sexualidade: diálogos interdisciplinares Ministrantes: Dr.

Giovani José da Silva (Unifap/ UnB) e Jaime de Sousa Silva (IMMES/ UNIARA) Ementa Ensino de História e Sexualidade: os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e os Temas Transversais.

A Sexualidade dentro (e fora) das escolas.

História e Sexualidade ocidentais.

História e Sexualidade no Brasil.

Objetivo Geral O minicurso tem por objetivo geral apresentar aos interessados uma proposta de reflexão sobre Ensino de História e Sexualidade, problematizando especialmente as noções ocidentais de Sexualidade aplicadas dentro (e fora) do ambiente escolar.

A problematização se fará discutindo-se as pedagogias da sexualidade na escola, além de procedimentos e estratégias de abordagem da temática em sala de aula.

Apesar das particularidades e especificidades de cada área – da Sexualidade e do conhecimento histórico – ressalta-se que ambas são construções sociais carregadas de sentidos e significados.

Compreender como a Sexualidade e o conhecimento histórico são produzidos implica em desenvolver a percepção para se entender, por exemplo, a inserção do tema transversal Orientação Sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

Convidam-se acadêmicos e professores de História, bem como demais interessados a participarem do minicurso a fim de refletirem sobre a Sexualidade e a História em sala de aula.

Objetivos específicos Apresentar discussões sobre Sexualidade e/ na história e verificar, ao longo do minicurso, as potencialidades que tal temática apresenta para o professor de História.

Elaborar roteiros e atividades didáticas relacionadas ao tema Ensino de História e Sexualidade.

Justificativa Entendendo, como afirma Guacira Lopes Louro, que “as muitas formas de fazer-se mulher ou homem, as várias possibilidades de viver prazeres e desejos corporais são sempre sugeridas, anunciadas, promovidas socialmente [.

.

.

]”, justifica-se o oferecimento do minicurso, pensando na importância do debate sobre a temática na educação permanente.

Assim, a Sexualidade constitui um tema rico de possibilidades de ensino e aprendizagem.

Esta relação, no entanto, também é permeada por tabus, preconceitos e interdições impostos pela sociedade e que se encontram presentes dentro (e fora) das escolas.

A análise da temática também levará em conta tal situação, compreendendo-a no conjunto de dispositivos normativos existentes.

3.

O Grão-Pará na documentação pertencente ao Arquivo Histórico Ultramarino: limites e possibilidades de pesquisa para o século XVIII Ministrante: Msc.

Paulo Marcelo Cambraia da Costa (Unifap) Ementa Documentos do Arquivo Histórico Ultramarino: limites e possibilidades de pesquisa para o século XVIII.

Leitura de manuscritos antigos e os procedimentos básicos da Paleografia.

Leitura paleográfica aplicada à documentação relativa ao Grão-Pará do século XVIII.

Objetivo Diante da recente disponibilização da documentação relativa ao Grão-Pará, principalmente os documentos concernentes à última década do século XVIII, pelo Projeto Resgate propomos o minicurso intituladoO Grão-Pará na documentação pertencente ao Arquivo Histórico Ultramarino: limites e possibilidades de pesquisa para o século XVIII, que objetiva discutir as características dessa documentação, pontuando suas potencialidades e limitações para pesquisa histórica, assim como exercitar a leitura paleográfica de alguns documentos selecionados para a última década do século XVIII na Amazônia.

Justificativa Em 1995, foi instituída a Comissão Bilateral Luso-Brasileira de Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (COLUSO) que conduziu a assinatura de um protocolo entre os governos do Brasil e de Portugal intitulado Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco, mais conhecido como Projeto Resgate.

Este processo possibilitou a digitalização de milhares de documentos que se encontram depositados no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa (AHU), e a consequente disponibilização em CD ROMs para inúmeras instituições educacionais e de pesquisa no Brasil.

Toda essa movimentação estava inserida nas comemorações dos 500 anos do Descobrimento que teve sua culminância em 2000.

Em 2001, os documentos avulsos relativos à Capitania do Grão-Pará foram microfilmados e digitalizados, e posteriormente disponibilizados em CD ROMs para a comunidade que estuda e pesquisa a História da Amazônia, em especial, os períodos relativos à fase colonial e imperial.

Mas, a leitura e análise deste rico material documental exige a familiaridade do pesquisador com as técnicas da leitura paleográfica.

Se tivermos o documento, é preciso saber lê-lo.

Isto não é tão simples quando lidamos com documentos manuscritos.

Neste trabalho é indispensável a Paleografia, como destaca Neuza Garcia: ―sem a leitura correta de qualquer documento manuscrito não será possível conceber que alguém possa mover-se a vontade em determinados campos da história, especialmente aqueles que demandem documentos primários‖ (GARCIA, Neuza.

Paleografia e Diplomática.

Monografia para Especialização em Paleografia, apresentada à Biblioteca Distrital e Évora (Portugal), em 1997, p.

05).

O desconhecimento dos princípios da leitura paleográfica impõe um significativo limite na atuação do profissional da história.

O minicurso que propomos tentará ir ao encontro desta necessidade, dotando os seus participantes do conhecimento dos procedimentos fundamentais à compreensão da escrita adotada na documentação referida acima.

4.

Diálogos metodológicos entre história oral e história ambiental Ministrante: Dr.

Marcos Fábio Freire Montysuma (Ufsc) e Msc.

Tissiano da Silveira (Ufsc) Ementa O conteúdo deste minicurso aborda as questões relativas à metodologia da história oral e suas interfaces com o campo da história ambiental.

Mobilizam-nos as questões de caráter teórico, metodológico, ético, e das fundamentações relativas à memória.

Nestes termos a história oral se concretiza como importante instrumento para construção de fontes para análise histórica.

Por outro lado a escrita da história ambiental como área relativamente nova, vem recebendo da história oral o aporte que potencializa suas inserções em questões, que problematizam aspectos antes restritos a outras áreas do conhecimento.

Objetivo O objetivo do minicurso ―Diálogos metodológicos entre história oral e história ambiental‖ é instrumentalizar os participantes para o uso da metodologia da história oral em trabalhos que abordem a interação do homem com o meio natural.

Destacando as teorias mais atuais que dão conta da problemática da memória e suas implicações nas entrevistas, como também as possibilidades para aqueles trabalham com questões ambientais, e que se deparam com a escassez de fontes, de utilizarem relatos e depoimentos em suas pesquisas.

Justificativa Há metodologias e teorias específicas dos campos da história ambiental e da história oral, e por vezes o seu desconhecimento contribui para que trabalhos não consigam fazer um entrecruzamento do objeto de pesquisa com o uso das fontes orais, utilizando ora a história oral para contrapor fontes documentais, ora a utilizando para tapar buracos de fontes tradicionais.

Acreditamos que a história oral, como metodologia, descortina uma série de novas possibilidades, inclusive para os estudos ambientais, pois se encontra fora da história oficial, dando novas feições para quadros já estabelecidos.

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