Dia do Matemático: curso de Matemática da Unifap é o melhor conceituado da região Norte

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A Matemática e sua importância na vida cotidiana ganhou notoriedade ao longo da semana, seja com a realização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2017), que trouxe a área do conhecimento como tema este ano, seja pelo Dia do Matemático, comemorado hoje, 26.

Outros dois eventos com este tema ocorrerão no Brasil nos próximos anos: a Olimpíada Internacional de Matemática (2017) e o Congresso Internacional de Matemáticos (2018), ambos pela primeira vez no país.

A Matemática também é destaque na Universidade Federal do Amapá (Unifap).

Todas as modalidades (presencial, a distância e do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – Parfor) da graduação de Licenciatura em Matemática são conceito 4 ̶ em uma escala que vai até 5 ̶ no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação (MEC), indicador de qualidade que avalia as Instituições de Educação Superior (IES) brasileiras.

“O nosso curso é o melhor avaliado da região Norte, não tem outra universidade com nota 4 no curso de Matemática na nossa região”, afirma Simone Delphim, coordenadora do curso de Matemática da Unifap.

O Mestrado Profissional em Matemática (ProfMat) tem conceito máximo, 5.

“O ProfMat é nacional, realizado por uma rede de instituições de ensino superior e coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática, mas o MEC faz avaliações do mestrado de maneira local, pois a seleção, a grade disciplinar e o exame de qualificação são nacionais, mas a estrutura e corpo docente são daqui da Universidade.

O ProfMat da Unifap foi o primeiro a ser avaliado no país e recebemos conceito 5, em grande parte por conta dos nossos professores serem todos doutores.

Outro ponto positivo é que a nossa taxa de aprovação no exame de qualificação gira em torno de 70%, quase o dobro dos ProfMats dos outros estados”, explica Simone Delphim.

Simone credita o bom conceito do curso de Matemática ao comprometimento dos professores com a qualidade do ensino.

“Percebo um diferencial nos professores daqui.

Em relação ao seu trabalho, os docentes são muito engajados, estão sempre buscando o melhor conteúdo, e isso é o diferencial, tanto no ProfMat como na graduação.

A reformulação do Paid [Plano de Atividades Individuais do Docente] e as políticas de incentivo à pesquisa e extensão da Instituição também impactaram no curso”, observa Simone.

Atualmente, o curso conta com 16 docentes, sendo seis doutores, nove mestres e um especialista.

Contribuição social De acordo com Simone, o curso de Matemática da Unifap tem contribuído significativamente com a qualidade da formação de professores que ministram a disciplina no ensino básico do Amapá e de estudantes do ensino superior da área, tanto da graduação como da pós-graduação.

“Antes do ProfMat, quem quisesse fazer mestrado em Matemática tinha que sair do estado.

O Ifap [Instituto Federal do Amapá] colhe nossos frutos: a maioria dos mestres em Matemática de lá foram formados pela Unifap; na rede pública de ensino, vários professores têm essa qualificação de mestrado, o que melhora o ensino básico, porque eles já chegam ao ensino médio com outros pontos de vista, e isso foram as próprias escolas públicas que disseram, em avaliação do MEC.

E isso retorna pra própria Instituição, pois os alunos das escolas que ingressarem na Universidade já vêm com uma formação melhor”, avalia Simone.

Pesquisa e extensão ̶ Atualmente, dez professores do curso têm projetos de pesquisa e/ou extensão, nas áreas de Matemática Pura, educação matemática, iniciação científica, com projetos que vão desde o desenvolvimento de softwares voltados à educação matemática à robótica e monitoria.

O curso desenvolve ainda a Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep) e um projeto de extensão de aperfeiçoamento de professores do ensino médio em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), unidade de ensino e pesquisa qualificada como organização social na esfera do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) que é referência nacional na área.

“Ainda não temos uma estrutura de inovação na matemática dentro do curso na Unifap, ele ainda é muito voltado ao padrão antigo, sem incorporar as novas tecnologias educacionais, fora a desatualização do acervo bibliográfico, o que é um dos principais entraves para conseguirmos o conceito 5 do MEC.

Contudo, estamos avançando em várias outros aspectos, como o aumento da publicação docente e de revistas periódicas (duas serão lançadas agora e, logo após a SNCT, lançaremos uma coleção de livros de Matemática)”, pondera Simone Delphim.

SNCT 2017 ̶ O curso promoveu uma programação durante a SNCT 2017, baseada no projeto da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propespg) aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Foram realizadas oficinas, palestras, sessão de pôsteres com a história da Matemática, entre outros.

“Tivemos ainda a mostra de materiais manipuláveis, que os alunos desenvolveram para atender os ensinos fundamental e médio; os alunos da robótica apresentaram protótipos e realizaram um minicurso que foi um sucesso.

Professores do curso também ministraram palestras sobre as pesquisas que estão sendo desenvolvidas.

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Toda a programação foi pensada a partir de assuntos e projetos que já são desenvolvidos no curso, com uma linguagem acessível a todos”, descreve Solange Cromianski, uma das organizadoras da programação do curso na SNCT 2017.


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