CNPq modifica critérios para investimento em bolsas científicas

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DFCH se manifesta sobre ausência de bolsas para Ciências Humanas.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) disponibilizará 25 mil bolsas de iniciação científica para Instituições de Ensino Superior e Instituições Científicas por meio de chamada pública. As bolsas deverão apresentar vínculo a uma das Áreas de Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que não abrange pesquisas de Ciências Humanas. 

As bolsas do CNPq fazem parte do Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC), que possibilita o acesso e a integração do estudante ao ambiente acadêmico e à cultura científica, contribui para a formação de pesquisadores, reduz o tempo dos alunos na Pós-Graduação e promove ações de educação e divulgação científica das diversas áreas de conhecimento. Com a nova regra, as pesquisas devem atender aos critérios das Áreas de Tecnologias Prioritárias, definidas pelo MCTIC por meio das Portarias nº 1.122, de 19.03.2020 e nº 1.329 de 27.03.2020.

Manifestação contrária

O Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) se manifestou contrário à decisão do CNPq, em nota o Departamento afirma que a decisão do Conselho foi realizada sem consulta pública à comunidade acadêmica e que a medida “acarretará danos cruéis para o desenvolvimento intelectual da sociedade”. O Diretor do DFCH, professor Dr. Marcos Vinícius Reis comenta que “as bolsas de iniciação científica do CNPq tradicionalmente abrangiam todas as áreas de pesquisa, e as áreas de Humanidades sempre tiveram uma cota para fomento à pesquisa. Defendemos uma revisão dessa decisão, para que as Ciências Humanas tenham investimento necessário como sempre precisou”. Confira a Nota na íntegra no site do DFCH. 

A ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), solicitou a revisão desta medida do CNPq ao Ministro Marcos Pontes, do MCTIC. No texto, a ANDIFES ressalta a necessidade da manutenção ao apoio à pesquisa básica, incluindo as áreas de humanidades, ciências sociais e artes, e demonstra preocupação quanto a exigência de que os projetos de pesquisas sigam obrigatoriamente uma das “Áreas de Tecnologias Prioritárias” do Ministério. “Reiteramos assim a defesa do pensamento científico multifacetado e solicitamos ao MCTIC e ao CNPq a revisão das prioridades elencadas pela agência para o vindouro edital PIBIC e, por óbvio, para os demais editais de fomento à pesquisa a serem publicados, que não devem excluir as áreas de ciências humanas, sociais e artes”, finaliza o texto do documento.

Leia a íntegra o documento da ANDIFES ao MCTIC.

Colaboração de Texto: Iago Fonseca (Estagiário de Jornalismo/UNIFAP).

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