Amapá celebra pelo 3° ano consecutivo o ‘Dia de Cabralzinho’

Amapá celebra pelo 3° ano consecutivo o ‘Dia de Cabralzinho’

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A data histórica apresenta diferentes opiniões sobre Veiga Cabral.

Desde 2018, o dia 15 de maio é celebrado como feriado estadual de ‘Cabralzinho’, reconhecido pelo ‘ato heroico’ em terras amapaenses. Seu nome está presente em praça, bairro e rua, pela importância histórica tradicionalmente conhecida. Entretanto, toda história sempre tem mais de um lado, dividindo opiniões entre historiadores e a comunidade amapaense.

Francisco Xavier da Veiga Cabral, é lembrado com o ‘Dia de Cabralzinho’, proposto em Projeto de Lei n. 0113 de 2017, pelo então Deputado Estadual, Jaci Amanajás e sancionado pelo Governador Waldez Goés, no dia 11 de julho do mesmo ano. A data consta no calendário amapaense como feriado estadual, pela Lei n. 2.213/2017, sendo comemorado, anualmente, no dia 15 de maio desde 2018, em alusão ao título de heroísmo que ele recebeu pelo governo daquele período.

História

Conhecido como Cabralzinho devido à baixa  estatura, nasceu em  5 de maio de 1861 e faleceu no dia 18 de maio de 1905. Era um comerciante que exerceu cargos públicos no Estado do Pará, devido suas habilidades e experiências políticas.

O professor e mestrando em Ensino Profissional de História na UNIFAP, Prof. Doval Tomaz, explica que a denominação ‘heroica’ foi registrada devido ao conflito político sobre a posse de terras da Vila Espírito Santo do Amapá, onde fica o atual Município do Amapá, que estava sob ataque das tropas francesas.

Cabral foi um dos governantes do Triunvirato – um governo de 3 governantes, em que o cargo foi uma das decisões estabelecidas através do Tratado Provisional, que estabelecia a criação de governos temporários para administrar as terras almejadas. Por vez o governo francês empossou o delegado Trajano para o cargo.

Em meio a inúmeros conflitos políticos pelas terras, a descoberta por ouro na região acirrou ainda mais o embate entre brasileiros e franceses, transformando-se em um conflito armado militar. A prisão de Trajano pelo Triunvirato foi o estopim para a luta armada entre às duas nações.

Sobre o ‘Ato Heroico’.

A repercussão de seu nome emblemático gera opiniões contraditórias sobre seu ato heroico. Onde historiadores narram que durante a batalha o governante fugiu deixando sua tropa e seu povo para trás nas mãos dos franceses que os massacraram vitimando cerca de 40 pessoas, sem distinção de idades e condições sociais. Assim como outros defendem como uma estratégia para armar emboscada e atacar os adversários, e então ter protegido seu povo.

Para o professor Doval, o heroísmo mencionado por algumas pessoas e inclusive historiadores, seria uma referência ao ato de doar a própria vida pelo seu povo, o que ainda é uma grande discussão sobre o feito pelo personagem. “Só quem é mencionado nesse heroísmo todo é ele, e o que torna herói é a história política oficial do Brasil que o transformou num salvador da Pátria. E o ensino escolar tem a função de reproduzir essa história oficial”, enfatiza o professor.

Colaboração de Texto: Letícia Amorim e Iago Fonseca (Estagiários de Jornalismo/UNIFAP).

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