Alunos do curso de Medicina participam da 9ª Edição do ‘OSCE’

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Na tarde deste sábado, 01 de dezembro de 2018, cerca de 52 alunos do 5º ano do curso de Medicina participaram da 9ª edição do Exame Clínico Objetivo Estruturado por Estações (OSCE).

Trata-se de um método avaliativo peculiar da proposta pedagógica PBL (sigla em inglês para ‘Problem-Based Learning’), adotada pelo curso da Universidade Federal do Amapá.

“O OSCE é atualmente considerado um dos métodos mais confiáveis para avaliação de competências clínicas de estudantes e residentes, assim como para certificação profissional e avaliação de profissionais médicos em atividade.

Num OSCE típico, os examinandos se alternam por um número determinado de estações, onde se encontram pacientes reais ou padronizados (atores ou bonecos), com o propósito de realizar diferentes tarefas clínicas” (AMARAL, 2007).

O Exame coloca os estudantes frente a frente a diversas situações clínicas (estações), simulando o que acontece dentro das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e dos hospitais.

Para o vice-coordenador do curso de Medicina da UNIFAP, professor Dr.

Aljerry Rêgo, o maior objetivo a ser alcançado com o OSCE é fazer com que os discentes vivenciem a exata simulação daquilo que encontrarão na vida real, após um ano quando estiverem formados e entregues à sociedade para atuação médica.

Para o estudante André Felipe Araújo, o exame é fundamental para inserir os estudantes desde o período formativo na realidade médica, dando-lhes dimensão de como se portar diante dos desafios que terão no exercício da carreira.

“O OSCE representa para nós uma passagem, a conclusão do primeiro ciclo do internato que é o 5º ano, em que vamos colocar em prova os conhecimentos práticos sobre o que sabemos da parte médica, a partir de um caso clínico de um paciente desconhecido que chega até nós, e precisamos ter toda uma desenvoltura de como ser médico e avaliar aquele paciente, tendo empatia por ele, sabendo o que perguntar, a forma como perguntar e dar uma resposta a esse paciente.

Ele não quer somente que você o avalie, ele quer que você dê uma resposta, saber o que vai ser feito com ele a partir daquele momento”, comenta André.

Já a estudante Iana Santos afirma que apesar de todo o nervosismo prévio, durante o exame conseguiu se concentrar e se sentir bem, pois os professores estavam serenos e empáticos, tornando o ambiente de prova bastante tranquilo.

“Percebi o OSCE como um filtro, eu precisava ter um comportamento médico naquele momento; você entra no consultório e não sabe nada do paciente que irá atender, é como se fosse a vida real mesmo, então precisa fazer as perguntas certas e solicitar os exames corretos e adequados para a hipótese de diagnóstico que você está pensando e, claro, acalmar o seu paciente.

O OSCE é aquele momento em que você se dá conta de que irá praticar a medicina de verdade, após ter passado muito tempo no curso acumulando conhecimento teórico.

Até praticamos no internato, mas tem sempre o preceptor ao lado nos dizendo o que está certo ou o que está errado.

O OSCE não, é você ali por conta própria e sendo avaliado rigorosamente, não vai ter ninguém dizendo o que corrigir”, pondera Iana.

A 9ª edição do OSCE também recebeu a visita do reitor da UNIFAP, Prof.

Dr.

Julio Sá, que prestigiou o evento, parabenizando alunos e professores pela inovadora metodologia proposta para o curso de Medicina ofertado pela instituição.

O dirigente afirmou “não ter dúvidas de que o quadro docente altamente qualificado, juntamente com a metodologia inovadora adotada são responsáveis em elevar o curso da UNIFAP ao patamar de um dos melhores cursos de Medicina do país e quiçá o melhor do norte”.

O reitor aproveitou a visita para anunciar a comunidade do curso que está garantido recurso financeiro na ordem de R$ 1 milhão de reais para a reforma completa expansão da UBS da Universidade, bem como a elaboração do projeto urbanístico (estacionamento, praça e paisagismo) do entorno do novo prédio de ensino do curso de Medicina, recentemente inaugurado.

Também revelou sua intenção de viabilizar um DINTER em parceria com a FIOCRUZ para que mais docentes da área da saúde possam ser qualificados.

Para o coordenador do curso, Dr.

Anderson Walter Silva, a visita do reitor ao OSCE e os anúncios de benfeitorias feito animam todo o setor da área de saúde da instituição, reforçando a convicção da importância de se dedicar com empenho pela formação médica no Amapá.

“A comunidade do curso de Medicina se coloca à disposição para seguir colaborando com a Universidade, sempre na busca da formação com excelência”, afirma o coordenador.

Texto: Rafael Saldanha

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