Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Unifap realiza evento sobre ações afirmativas em alusão ao Mês da Consciência Negra

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Em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado na última segunda-feira, 20, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), realizou nos dias 16 e 17 de novembro o evento “Ações Afirmativas: Para Além das Cotas”.

O objetivo foi contribuir para a ampliação do debate e do alcance das políticas de ações afirmativas no âmbito das Instituições de Ensino Superior locais e estado do Amapá.

Cerca de 200 pessoas participaram do evento.

O evento iniciou oficialmente na tarde do dia 16, com a realização da mesa de debates “Ações Afirmativas: para além das Cotas” no hall do Centro Integrado de Pesquisa e Pós-graduação (Cipp), no campus Marco Zero do Equador, em Macapá (AP).

A abertura do evento contou com a participação da reitora da Unifap, Eliane Superti, que destacou a importância da discussão sobre as ações afirmativas.

“Esse evento é importante para a Universidade porque, além de fazer toda a comemoração necessária e as reflexões no mês da consciência negra, traz também um anúncio muito importante para a nossa Universidade: o amadurecimento na Unifap da consciência da sua pluralidade.

Nesse sentido, a política de cotas que está sendo discutida, as ações afirmativas que estão sendo discutidas no nosso Conselho Superior e a definição de que esse quantitativo será de 75% demonstram que a Unifap está atenta às questões sociais e, mais que isso, se tornando mais democrática e mais plural”, observou Eliane Superti.

Para o coordenador de pós-graduação e pesquisa do Neab, Joseph Handerson, o evento buscou demonstrar que as ações afirmativas são uma modalidade de política social.

“[Elas] são uma ação positiva no sentido de formular medidas para compensar a desigualdade racial no país.

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) As políticas de ações afirmativas não são reparatórias, visto que é quase impossível reparar as condições dramáticas que causaram a escravidão no país e no mundo, mas sim compensatórias: servem para diminuir as desigualdades, tratando de forma desigual as pessoas que estão em situação desigual”, avaliou.

Programação Além da mesa de abertura, que contou com a participação dos professores Francisca de Paula de Oliveira (Ciências Sociais/Unifap), Eliane Leal Vasquez (Matemática/NAI/Unifap), Alexandre Adalberto Pereira (Artes Visuais/Unifap) e Handerson Joseph (Ciências Sociais/Unifap) e com a mediação da coordenadora do Neab, o evento realizou no dia 17 a roda de conversa “Ações Afirmativas: a perspectiva dos ativistas dos movimentos sociais” no hall do Cipp.

Seis minicursos que se relacionaram com demandas da população negra foram ofertados na programação do evento: “Identidades Guianenses: olhares e percepções de uma escritora/autora Guianense”, que foi ministrado pela professora Christelle Johnny nos dias 16 e 17 de novembro na sala 01 do Bloco da Pós-graduação, no campus Marco Zero do Equador, em Macapá (AP); também no dia 16, iniciou o minicurso “Saúde da população negra”, com a professora Nelma Nunes, na sala 2 do Bloco da Pós-graduação.

No dia 17 de novembro foram ofertados os minicursos “Cartografia Social e Metodologias de Pesquisas em Territórios Tradicionalmente Ocupados”, ministrado pelo professor Raimundo Diniz na sala 2 do Bloco da Pós-graduação; “Racismo e Sofrimento psíquico”, ministrado pela mestranda da Universidade do Estadual do Ceará (Uece), Thaís Santos, no auditório 1 do Cipp; “África no Brasil: como se formou a nossa Língua Portuguesa?”, ministrado pela professora Suzana Barros no auditório 2 do Cipp; e “Decolonialidade e resistência Lgbt”, ministrado pelo professor Alexandre Pereira no hall do Cipp.

Joseph Handerson avaliou que o evento foi bem-sucedido.

“A avaliação foi totalmente positiva, não só sob o ponto de vista quantitativo, mas também qualitativo.

Os temas debatidos foram totalmente relevantes, as discussões qualificadas e a participação dos movimentos sociais foi intensa, pois as políticas afirmativas, sobretudo, são uma demanda dos movimentos sociais, não só o do negro, mas também o feminista, o de pessoas com deficiência, o movimento LGBT e assim por diante”, afirmou.

Acompanhe a página do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) no site da Unifap.

*Fotos: Divulgação

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